Domingo, 29 de dezembro de 2024
Por Cláudio Humberto | 9 de março de 2024
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
O primeiro ano de gestão do ex-senador petista Jean Paul Prates à frente da Petrobras, que se revelou um desastre, foi iniciado sob a desconfiança pelo mercado, e ele acabou confirmando as piores expectativas. Houve queda de 33,8% no lucro, redução de 8,7% nas vendas e até mesmo redução de quase 10% no valor das ações da empresa apenas nos últimos dias. Enquanto isso, as petroleiras do mundo inteiro bombavam. O lucro da americana Exxon cresceu 2,4%.
Até os chineses
A PetroChina, a “Petrobras da China”, registrou crescimento de 4,2% nos últimos dias, na Bolsa de Xangai.
Ritmo de alta
Nos últimos 5 dias, a inglesa BP cresceu mais de 1,62%. A holandesa Shell teve leve retração (0,9%), uma fração comparada à Petrobras.
Número um
Maior petroleira do mundo, a Aramco, da Arábia Saudita, que tem valor de mercado superior a US$2 trilhões, cresceu quase 0,2%.
Autopunição
A queda no valor da Petrobras se confirmou com a interferência política na empresa, cortando dividendos dos acionistas, incluindo o governo.
TCU passa pano para ‘viagem oficial’ de Janja
Sem muito alarde, o Tribunal de Contas da União (TCU) arquivou, mês passado, o pedido de informações da Comissão de Fiscalização da Câmara dos Deputados sobre irregularidades nas despesas públicas que bancaram a viagem da primeira-dama Janja às regiões de enchente no Rio Grande do Sul, enquanto o marido Lula se recuperava de cirurgia plástica. O TCU “atendeu” o pedido, mas não apontou irregularidades.
Ministro gentil
Para o ministro Antonio Anastasia, ex-senador tucano, “não há indícios de que ela tenha atuado como vice” na viagem em que substituiu Lula.
Passadores de pano
A decisão se baseou na avaliação da Unidade de Auditoria Especializada em Governança e Inovação, órgão de nova secretaria, criada em 2023.
Corte constitucional
Quando o presidente está impedido, o vice deve substituí-lo, define o artigo 79 da Constituição. Para o TCU, não houve ofensa a esse artigo.
Operação Verão
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Rep), está tranquilo com a atuação da polícia e não se abalou com denúncia de abuso: “Pode ir na ONU, na Liga da Justiça, no raio que o parta, que não tô nem aí”.
Esbanjando o nosso
Janja chega neste sábado (9) aos Estados Unidos onde, por conta de quem paga impostos no Brasil, participará de evento na ONU. O regabofe está previsto para acabar somente no dia 16.
Da mulher, só o voto
Caroline de Toni (PL-SC) na presidência da CCJ, a mais importante da Câmara, fez Chico Alencar (Psol-RJ) lembrar que a esquerda jamais designou deputada para esse cargo. É a segunda bolsonarista indicada.
Conservadores na vanguarda
Em 2021, a bolsonarista Bia Kicis (PL-DF) foi a primeira mulher da História a assumir a presidência da CCJ, escolhida pela liderança do seu partido. Para substituí-la, o PT indicou um sujeito do gênero masculino.
Começou há tempos
Líder do PL no Senado, Carlos Portinho (RJ) diz que já foi procurado por Davi Alcolumbre (UB-AP), Rogério Marinho (RN) e Eduardo Gomes (TO), do PL, para conversas sobre eleição pelo comando da Casa, em 2025.
Mitômanos
O deputado Bibo Nunes (PL-RS) cobrou a promessa de campanha de Lula de isentar de impostos para todos que ganham até R$5 mil por mês: “Até agora, nada. A esquerda, na sua maioria, é formada por mitômanos”.
Plano B
Apesar de o Planalto hoje preferir Marcos Pereira (Republicanos-SP) como sucessor de Arthur Lira (PP-AL) na Presidência da Câmara, setores do PT também fazem lobby por Antonio Brito (PSD-BA).
Menos de 1%
Virou manchete o primeiro voto do ministro do STF Alexandre de Moraes para inocentar um dos envolvidos no 8 de janeiro. Para todos os outros 116 condenados, as condenações são apontadas “desproporcionais”.
Pensando bem…
…no Brasil, nem a Liga da Justiça.
PODER SEM PUDOR
Todo cuidado é pouco
Costa Rego fez fama como jornalista no Rio de Janeiro e, na década de 1920, voltou para Alagoas, sua terra natal, para se eleger governador. Fez um governo austero, mas, incorrigível mulherengo, enfrentou problemas. Seu secretário da Fazenda era Epaminondas Gracindo, avô do ator Gracindo Júnior. Certo dia, ele tomava o café da manhã e viu Costa Rego abrindo a porta de sua casa e ir entrando com a maior naturalidade. Epaminondas gritou: “Espere aí, governador!”. Emendou na sequência: “Com essa sua fama de garanhão, o senhor não pode entrar na casa de uma família de respeito.” Deram risadas, mas governador e secretário despacharam na calçada.
(Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos)
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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