Domingo, 24 de novembro de 2024
Por Cláudio Humberto | 16 de março de 2024
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
O primeiro ano do terceiro mandato de Lula foi de bonança para veículos de comunicação amigo, que recebem anúncios da Petrobras. Entre TV, internet, mídia exterior e etc, são nove nichos onde a petroleira despejou exatos R$186.202.739,71 em 2023. A montanha de dinheiro é mais do que o dobro usado em 2022, quando a companhia usou R$92,2 milhões. A dinheirama supera o recorde de 2017, conforme consta da transparência da petroleira, torrando R$170 milhões em propaganda.
Jornalões faturam
Com circulação cada vez mais rara, jornais também multiplicaram a verba, que passou de R$1 milhão em 2022 para R$5,7 milhões.
Para inglês ver
Para ficar bem na fita, gastos com mídia exterior foram turbinados, saltaram de R$6,1 milhões para impressionantes R$24,5 milhões.
Carteira aberta
Gastos com publicidade na internet, outra bolada: R$34 milhões. Até revistas em declínio receberam um arame. A menor delas, R$128,3 mil.
Sem queixas
Emissoras de canais abertos e fechados não têm o que reclamar: foram mais de R$90 milhões para divulgar a Petrobras.
Fugitivos dão ‘baile’ em polícia que custa milhões
Há um mês, forças de segurança se uniram no Rio Grande do Norte, bem armadas e equipadas, para tentar recapturar dois fugitivos sem dinheiro ou conhecimento do terreno. Um mês de um “baile” humilhante no estado brasileiro, que, incapaz de mantê-los em presídio federal de “segurança máxima”, tampouco tem êxito na recaptura. A força-tarefa de 600 homens, duas dezenas de viaturas, cães farejadores, drones e até helicóptero passa a impressão de um “bate-cabeças” que não cessa.
Milhões em diárias
A força-tarefa já gastou mais de R$9 milhões só em diárias para policiais, segundo apurou o jornalista Douglas Ferreira, do site Move Notícias.
Palpite de ministro
O ministro Ricardo Lewandowski (Justiça), que foi duas vezes ao local sem ter o que dizer, acha, apenas palpita, que a dupla segue no Estado.
Tem mais o que fazer
Tentando por fim à vergonha do governo federal, a força-tarefa reduz a proteção ao potiguar e não cumpre 7 mil mandados de prisão pendentes.
Madames se detestam
A mais recente das muitas picuinhas no PT envolve destaque de Janja no convite para plenária das mulheres petistas. A foto de Janja tem quase duas vezes o tamanho de Gleisi Hoffmann, presidente do partido.
Gênios do mal
Presidente nacional da PP, o senador Ciro Nogueira (PI) quer saber: “o mundo inteiro não taxa os motoristas de aplicativo. Será que o mundo inteiro está errado e só os gênios dos economistas estão certos?”.
Intolerância
A tentativa de filiação do ex-governador do Paraná Beto Richa ao PL provocou reação ensandecida de bolsonaristas, que até invadiram a sede do partido em Curitiba, em ato contra o plano. Richa desistiu.
Prepare o bolso
Beira a perversidade anúncio de reajuste nos medicamentos no início do ano, período em que o brasileiro é achacado com volumosos impostos. Os novos preços, alta de 4,43%, devem ser anunciados no fim do mês.
Em Washington
Ao lado de deputados brasileiros de oposição, o congressista americano Chris Smith denunciou, dos degraus do Capitólio, que o Brasil usa a Lei para processar as pessoas “como forma de silenciar a oposição”.
Olhar atento
O patrocínio da secretaria de Cultura do DF, à revelia do secretário, de entrevista em TV comunitária com ex-aspone do governo Lula que ridicularizou israelense vítima de estupro provocou revisão das verbas.
Grande irmão sorrateiro
O jornal New York Post revelou que empresa especializada em monitorar carros envia relatórios sobre rotas de hábitos e motoristas a empresas de seguro nos EUA, que usam os dados para aumentar as mensalidades.
Jordy contra Lira
Líder da Oposição, Carlos Jordy (PL-RJ) disse à coluna que o candidato apoiado pelo seu partido à sucessão na Câmara dos Deputados “certamente não será o candidato do [atual presidente] Arthur Lira”.
Pensando bem…
…a proposta do governo para a economia não paga o sapato de R$8,5 mil de Janja.
PODER SEM PUDOR
Índio malandro
O cacique Mário Juruna foi eleito deputado em 1982, pelo PDT carioca, e fez história, de gravador em punho, cobrando promessas e compromissos dos políticos com a causa indígena. Mas, curiosamente, o deputado Mário Juruna não nomeou índios xavantes para a sua assessoria; só escolheu brancos. A um repórter que perguntou o motivo, ele explicou: “Branco entende malandragem de branco.”
(Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos)
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Voltar Todas de Cláudio Humberto