Entre as 582 empresas de capital aberto da América Latina que divulgaram seus balanços até o dia 21 deste mês, a Petrobras foi a que teve o maior prejuízo no primeiro semestre, com uma perda de US$ 9,4 bilhões (R$ 51,5 bilhões), segundo um levantamento realizado pela Economatica.
De acordo com a estatal, o prejuízo foi provocado pela redução do consumo de combustíveis no mercado interno, em função das medidas de isolamento social e da diminuição da atividade econômica por causa do coronavírus, e pelas provisões realizadas para cobrir o plano de demissão voluntária proposto aos funcionários.
Também teve forte impacto no resultado a reavaliação geral feita nos ativos da companhia, como os campos de petróleo, para adequá-los às novas expectativas para os preços internacionais do produto no longo prazo, inferiores aos previstos antes da pandemia.
Ainda que a perda tenha sido compensada em parte com o impacto da alta do dólar nas exportações, mesmo com a queda no volume exportado, o prejuízo acumulado pela Petrobras no fechamento do semestre foi colossal.
Dívida dolarizada
Além da Petrobras, das companhias aéreas – que tiveram perda quase total de receita na pandemia – e da Oi, a Suzano aparece em um surpreendente terceiro lugar na lista, recheada com 11 empresas brasileiras, com um prejuízo de US$ 2,3 bilhões (R$ 12,6 bilhões) no primeiro semestre.