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Petrobras refina 100% de óleo de soja pela primeira vez

Objetivo é produzir insumos petroquímicos e combustíveis renováveis (Foto: Geraldo Falcão/Agência Petrobras)

A Refinaria de Petróleo Riograndense (RPR), uma subsidiária da Petrobras, atingiu um marco ao processar com sucesso 100% de óleo de soja em uma de suas unidades de refino industrial. Esse avanço permitirá a produção de produtos petroquímicos inteiramente derivados de fontes renováveis a partir de matérias-primas sustentáveis.

A expectativa é que a refinaria, que fica na cidade de Rio Grande (RS), produza insumos petroquímicos e combustíveis renováveis como GLP, combustíveis marítimos, propeno e bioaromáticos (BTX – benzeno, tolueno e xileno), usados nas indústrias da borracha sintética, nylon e PVC. Os teores de concentração de BTX identificados também atendem aos níveis exigidos para formular gasolinas de desempenho alto, praticamente isentas de enxofre.

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, reforçou que a companhia tem como uma de suas prioridades a transição energética.

“Estamos fazendo derivados típicos de petróleo a partir de óleo vegetal. É inovação e transição energética combinadas em benefício do Brasil. É a Petrobras voltando a liderar grandes processos de transformação técnica, econômica e social, com repercussão global”, disse Prates.

O diretor-superintendente da RPR, Felipe Jorge, destacou que a estratégia é planejar o futuro, sem prejudicar o abastecimento atual.

“O primeiro passo foi dado. A tecnologia da Petrobras licenciada para a Riograndense vai nos permitir, já no próximo ano, produzir renováveis sem deixarmos de atender nosso atual mercado de produtos e combustíveis”, disse Felipe Jorge.

Os testes na área do biorrefino começaram a partir do acordo de cooperação entre as empresas que têm participação acionária na RPR, assinado em maio de 2023. Por meio do documento, ficou acertado o uso das unidades da refinaria para realizar os testes de tecnologias desenvolvidas pelo centro de pesquisas da estatal. A Petrobras está investindo cerca de R$ 45 milhões para desenvolver o processamento de carga renovável.

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