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Mundo Petróleo fecha a semana em queda de mais de 3%, influenciado pelo dólar forte e demanda

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Nessa terça (4), a cotação do barril de petróleo chegou a US$ 86, no maior patamar em um mês. (Foto: Reprodução)

O petróleo fechou em queda de mais de 3% nesta sexta-feira (14), influenciado pelo dólar forte, com investidores também atentos a riscos para a demanda da commodity. Perto das 16h30, o dólar à vista subia 1,14%, aos R$ 5,3332.

O contrato do WTI para novembro fechou em baixa de 3,93% (US$ 3,50), em US$ 85,61 o barril, na Nymex, e o Brent para dezembro recuou 3,11% (US$ 2,94), a US$ 91,63 o barril, na ICE. Na comparação semanal, o WTI caiu 7,59% e o Brent recuou 6,42%.

A queda forte na semana deve ser colocada em perspectiva, já que na semana anterior os contratos haviam registrado altas de 16,64% e 15,01%, respectivamente, apoiados pelo corte na produção anunciado pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+). Nesta sexta, o quadro foi piorando ao longo da sessão, conforme o dólar se fortalecia. Esse movimento no câmbio torna o petróleo mais caro para os detentores de outras divisas, o que contém o apetite dos investidores.

Além disso, dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) reforçaram expectativa de aperto monetário, diante da inflação, o que tende a ser negativo para a atividade.

A Capital Economics vê o mercado de trabalho entre duas forças conflitantes. De um lado, a oferta está “apertada”, mas de outro a demanda “se deteriora”. De qualquer modo consultoria acredita que o déficit no mercado de petróleo no quarto trimestre deste ano tende a levar os preços um pouco para cima. A Oxford Economics, em linha similar, acredita que os preços do petróleo “devem seguir elevados”, apoiados pelo recente corte na produção da Opep+.

Também no noticiário, a secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, disse que ainda não há uma decisão sobre o nível de preço para o teto que Washington e aliados desejam impor para o petróleo da Rússia.

Brasil

O sobe e desce do preço do petróleo no mercado internacional deve continuar a trazer instabilidade ao mercado de derivados no Brasil, avaliam especialistas. Eles veem muita volatilidade no setor nos próximos meses por conta de variáveis que podem causar impactos no mercado.

Após o anúncio, na semana passada, do corte de produção pela Opep+ não surtir o efeito esperado, há quem fale em nova redução para tentar turbinar o preço, uma vez que a projeção da demanda tem indicado risco de recessão em vários países, inclusive os maiores impulsionadores da economia, como China e Estados Unidos, e também na Europa.

O petróleo perdeu o patamar dos US$ 90 por barril (US$/b) em meados de setembro com o temor de recessão global. Temendo a perda de valor, a Opep+ anunciou corte da produção da commodity em 2 milhões de barris por dia, o maior desde abril de 2020, início da pandemia do covid. Com isso, a cotação voltou ao patamar anterior e chegou a atingir mais de US$ 97/b no início de outubro, caindo esta semana para abaixo dos US$ 95/b.

Mesmo com a alta do petróleo, os derivados no Brasil – segmento ainda dominado pela Petrobras –, são negociados nas refinarias a preços inferiores aos do mercado internacional. Nesta sexta, o diesel registrava defasagem de 16% e a gasolina de 11%, segundo dados da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom). Ou seja, para se equiparar ao mercado internacional, seriam necessários aumentos de R$ 0,97 por litro para o diesel e de R$ 0,43 por litro para a gasolina.

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https://www.osul.com.br/petroleo-fecha-a-semana-em-queda-de-mais-de-3-influenciado-pelo-dolar-forte-e-demanda/ Petróleo fecha a semana em queda de mais de 3%, influenciado pelo dólar forte e demanda 2022-10-14
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