Os contratos futuros de petróleo chegaram a registrar queda forte em parte desta segunda-feira (19), superior a 3%, mas inverteu o sinal antes do fechamento. A perspectiva de aperto monetário e seu consequente impacto na atividade esteve no radar, em semana de reuniões do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) e do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), e investidores também reagiram a notícias do setor.
O petróleo WTI para novembro fechou em alta de 0,71% (US$ 0,60), em US$ 85,36 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para o mesmo mês avançou também 0,71% (US$ 0,65), a US$ 92 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).
Os contratos começaram o dia estendendo as perdas acumuladas nas últimas três semanas, com o aperto monetário em foco. A segunda-feira, porém, foi de volatilidade nos mercados em geral, e o cenário para a commodity não foi diferente.
Há temores de que a perda de fôlego da economia global cause impacto negativo na demanda pelo óleo. Mais adiante no dia, os contratos de petróleo retomaram fôlego, ajustando assim parte das perdas recentes.
As negociações com o Irã seguiam como um foco dos investidores, mas a Eurasia comenta, em relatório, que a chance de que o acordo nuclear entre as potências e Teerã seja reativado ainda neste ano diminuem, de 45% a 30% para a consultoria. Ela menciona também rumores sobre a saúde do líder do Irã, Ali Khamenei, nas últimas semanas, que caso se concretizem e a saúde dele piore tornariam ainda mais improvável uma conclusão rápida desse diálogo.