Terça-feira, 22 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 13 de janeiro de 2016
A Polícia Federal informou na tarde desta quarta-feira (13) que indiciou a Samarco, a Vale (dona da Samarco), a empresa VogBR – consultoria que emitiu o laudo que atestou a estabilidade da barragem de Fundão – e sete executivos e técnicos por crimes ambientais provocados pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana.
Segundo a corporação, entre os indiciados está o diretor-presidente da Samarco, Ricardo Vescovi.
Também foram indiciados o coordenador de monitoramento das barragens, a gerente de geotecnia, o gerente geral de projetos e responsável técnico pela barragem de Fundão, o gerente geral de operações, o diretor de operações, e o engenheiro responsável pela declaração de estabilidade da barragem em 2015 da empresa que atestou a estabilidade das barragens.
A barragem de Fundão se rompeu no dia 5 de novembro de 2015, destruindo o distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, e afetando Águas Claras, Ponte do Gama, Paracatu e Pedras, além das cidades de Barra Longa e Rio Doce.
Os rejeitos também atingiram mais de 40 cidades na Região Leste de Minas Gerais e no Espírito Santo. O desastre ambiental, considerado o maior e sem precedentes no Brasil, deixou 17 pessoas mortas e duas desaparecidas.
A polícia especificou cargos, mas, não mencionou os nomes dos indiciados em nota enviada à imprensa. A corporação também não especificou a que crimes as empresas e os profissionais foram responsabilizados.
Em nota, a Samarco afirmou que não concorda com o indiciamento dos profissionais “porque até o presente momento não há uma conclusão pericial técnica das causas do acidente”.
A Vale disse que não vai comentar o indiciamento da empresa.
A VogBR informou que não foi comunicada oficialmente e que, por enquanto, não iria se pronunciar. (AG)