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Por Redação O Sul | 24 de abril de 2017
Policiais federais trocaram tiros, no começo da tarde de segunda-feira, com suspeitos de terem assaltado uma transportadora de valores em Ciudad del Este, no Paraguai. O confronto teve início por volta das 12h na área rural de Itaipulândia, às margens do Lago de Itaipu, no Oeste do Paraná. Três suspeitos foram mortos.
De acordo com a Polícia Federal, uma equipe que estava de patrulha pela região se deparou com um grupo de cerca de 12 suspeitos que atirou e fugiu. Policiais militares e civis da região foram acionados para reforçar a segurança no local. Helicópteros também estão sendo usados na ação.
Por volta das 14h, houve outra troca de tiros, desta vez em São Miguel do Iguaçu. De acordo com o delegado Francisco Sampaio, os suspeitos abandonaram um veículo roubado havia pouco na região, munição de fuzil e explosivos.
As polícias Militar e Rodoviária Federal participaram da perseguição em uma marginal à BR-277 em São Miguel do Iguaçu. Em uma caminhonete apreendida foram encontrados um fuzil, munição e um colete a prova de balas. Um automóvel com marcas de sangue foi abandonado na mesma região.
A PF acredita que o grupo que entrou em confronto com os policiais faz parte da quadrilha de assaltantes que invadiu a sede da Prosegur e fugiu levando cerca de 36 milhões de euros, o equivalente a R$ 120 milhões. Mais tarde a própria polícia informou que os valores ainda estão sendo contabilizados.
Na ação, que teve início por volta da meia-noite e meia, horário paraguaio – 1h30min, no horário de Brasília -, um policial que fazia segurança em frente à empresa foi morto. Por conta da troca de tiros outras quatro pessoas ficaram feridas. Os cerca de 50 assaltantes estavam armados com fuzis, metralhadoras e granadas.
Até a tarde, nenhum suspeito havia sido identificado ou preso.
O ministro do Interior Lorenzo Lezcano afirmou que os assaltantes eram brasileiros. Segundo ele, a maioria dos carros usada no assalto tinha placa do Brasil, e uma vítima relatou que ouviu os criminosos falando em português.
Lezcano disse ainda que as autoridades paraguaias tinham a informação de que um assalto poderia ocorrer no país, mas não sabiam “a hora, o lugar, nem o objetivo”. No início do mês, ladrões levaram cerca de R$ 600 mil de um carro-forte assaltado em Hernandarias.
Este é possivelmente o maior assalto da história do país.
Na fuga, o grupo abandonou cinco caminhonetes blindadas, todas com placas de SP.
Representantes da Prosegur disseram que por enquanto não devem se pronunciar sobre o assalto. (AG)