As farmacêuticas Pfizer e BioNTech vão criar uma nova dose de reforço da vacina contra covid-19 desenvolvida por elas. A intenção é que a nova fórmula consiga combater variantes do coronavírus, informou a agência de notícias Reuters na última terça-feira (26). A informação foi dada em primeira mão pela “Bloomberg News”.
A empresa disse à Reuters, entretanto, que os estudos necessários para avaliar a injeção de reforço ainda não foram determinados junto a agências regulatórias.
A Pfizer também afirmou que já está se preparando para “responder rapidamente” se alguma variante do vírus “mostrar evidências de escapar da imunidade” gerada pela vacina.
Na semana passada, pesquisadores das duas farmacêuticas anunciaram que a vacina conseguiu neutralizar a variante B.1.1.7 do coronavírus, detectada pela primeira vez no Reino Unido.
A vacina desenvolvida pelas empresas usa a tecnologia de RNA mensageiro.
A Moderna, que usa a mesma tecnologia, anunciou na segunda (25) que sua vacina também era eficaz contra mutações do vírus. Mesmo assim, a empresa disse que também testaria uma dose extra de reforço e uma nova fórmula para as variantes.
Tanto a vacina da Pfizer quanto a da Moderna são aplicadas em duas doses. Ambas precisam ser armazenadas em temperaturas muito baixas: -70ºC para a da Pfizer e -20ºC para a da Moderna.
As duas vacinas são as primeiras da história com a tecnologia de RNA mensageiro a entrarem no mercado.
Nenhuma delas está disponível no Brasil. Até agora, a vacinação no País está sendo feita com a CoronaVac e com a vacina de Oxford.
Bayer
A Bayer espera encerrar os estudos fase 3 da sua vacina contra a covid-19 no final de março. Segundo o presidente para a América Latina da divisão Farmacêutica da companhia, Adib Jacob, a empresa firmou parceira com uma biotech alemã, a CureVac, para dar suporte na produção, comercialização e distribuição desse imunizante.
Jacob afirmou, ainda, que, no primeiro momento, essa vacina será destinada ao mercado europeu, entretanto, até o final do primeiro trimestre já estará definido se a América Latina entrará na estratégia de distribuição da Bayer.
“Precisamos ampliar a nossa capacidade de produção. É importante ressaltar que é uma parceira com uma startup que não tinha uma presença global e necessitava de uma estrutura comercial para tornar a vacina global. Converso diariamente com os agentes para que a América Latina possa ter esse imunizante. A região é prioridade para a Bayer”, disse Jacob.
Segundo ele, caso a eficácia da vacina seja comprovada, a Europa poderá contar com o imunizante já no segundo trimestre deste ano. “Esperamos definir o quanto antes essa questão do aumento da capacidade de produção para levar a vacina para outras regiões. Estamos analisando parceiras para aumentarmos a produção, tendo garantia de capacidade adicional vamos aumentar o acordo”, disse o executivo.