Quinta-feira, 30 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 10 de janeiro de 2023
Vettel se manifestou a favor dos direitos LGBQTIA+ na Arábia Saudita, país que criminaliza gays.
Foto: DivulgaçãoOs corredores de Fórmula 1 que desejarem expressar apoio a uma causa durante corridas na temporada deverão pedir antes uma autorização por escrito da FIA, entidade máxima da modalidade, a partir de 2023. Quem descumprir a ordem deverá enfrentar punições da entidade para veicular mensagens “políticas, religiosas e pessoais”, de acordo com o presidente da entidade, Mohammed Ben Sulayem.
Em uma entrevista, Sulayem afirmou que a FIA deve ser “neutra” e que há “outras plataformas” para os pilotos se manifestarem caso desejem. Ele também expressou a preocupação sobre as ações acabarem afastando as pessoas do esporte, e não “construindo relações” através dos GPs.
“Eu tenho minhas questões pessoais, mas não vou usar a FIA para isso. Você pode usar o esporte para motivos de paz, mas o que não queremos é que a FIA se torne uma plataforma para sua agenda pessoal. A gente acaba desviando o assunto. O que os pilotos fazem melhor? Correr. Eles são bons nisso, e são eles que geram o negócio, fazem o show, são as estrelas. Ninguém está os impedindo. Se você quer fazer algo, peça permissão. Se não, se cometerem outro erro, é como acelerar na pista do pit stop, você sabe o que acontece”, afirmou.
As figuras mais conhecidas por utilizarem a Fórmula 1 para mandarem recados são Lewis Hamilton e o recém-aposentado Sebastian Vettel. O inglês já utilizou mensagens sobre o movimento “Vidas Negras Importam”, que critica a violência policial cometida contra jovens dos Estados Unidos, que terminou com a morte de vários jovens, como Breonna Taylor. Em 2020, ele vestiu uma camisa com os dizeres “Prendam os policiais que assassinaram Breonna Taylor” na parte da frente e “Digam o nome dela” na parte de trás, palavras de ordem do movimento.
Já Vettel se manifestou a favor dos direitos LGBQTIA+ – a Arábia Saudita, país que criminaliza a população entrou para o circuito da Fórmula 1 desde 2021 –, além de levar mensagens sobre as mudanças climáticas.
Futebol
Certificado no hall da fama da Fórmula 1 com inúmeros recordes e números extraordinários, Lewis Hamilton cada vez mais explora outras oportunidades que estão ligadas ao esporte, mas não necessariamente com o qual ele pratica. Depois de se tornar dono de uma equipe de futebol americano, o heptacampeão mundial planeja adquirir um time de futebol para continuar a sua “missão” de diversificação nas lideranças do âmbito esportivo.
De acordo com o jornal britânico Mirror, Hamilton estaria disposto a investir uma quantia alta de dinheiro na compra da equipe inglesa Manchester United juntamente com Sir Jim Ratcliffe – o homem mais rico da Grã-Bretanha e o executivo-chefe de INEOS, uma das principais patrocinadoras da Mercedes.
A ideia seria o piloto repetir a ‘movimentação’ feita quando Ratcliffe criou um consórcio para compra do Chelsea, que contava com a participação do britânico, mas acabou não sendo bem sucedida. No ano passado, Lewis falou sobre sua relação com Jim e o negócio envolvendo o United.
“Ainda não recebi uma ligação dele perguntando se quero me envolver em [uma oferta pública de aquisição da United].”
O multicampeão de Fórmula 1 também vê os negócios como uma maneira de inclusão ao pregar uma maior participação de pessoas negras como donos de equipes grandes e importantes, vendo sua entrada neste mundo como uma espécie de pontapé inicial para que outros possam fazer o mesmo.