Lançado em novembro de 2020 pelo Banco Central (BC), o Pix, quase três anos depois, já é usado pela maior parte dos consumidores brasileiros e tem substituído as transferências bancárias e já ultrapassou a utilização do dinheiro em pagamentos no país. O dado faz parte de uma pesquisa de uma consultoria.
O levantamento da empresa mostra que o sistema de pagamento instantâneo já é mais utilizado que o dinheiro na distribuição de gastos entre meios de pagamento.
Enquanto o Pix, ao lado de outras modalidades de transferência bancária (TED e DOC), é usado por 14% dos entrevistados, o dinheiro é empregado por 10%.
Apesar da novidade, os cartões de débito e de crédito ainda lideram as operações de pagamento, sendo eleitas por 38% e 22% dos consumidores, respectivamente. Conforme o levantamento, as transferências (Pix, TED e DOC) aparecem em terceiro lugar como meio de pagamento mais usados, e o dinheiro figura em quarto.
De acordo com a pesquisa, 66% dos entrevistados substituíram os pagamentos em dinheiro por pagamentos Pix. O sistema é visto pelos consumidores como um meio de pagamento de alta conveniência e flexibilidade. O meio de pagamento instantâneo está substituindo o cartão de débito e dinheiro devido à facilidade de uso e instabilidade da transação.
Ao todo, 98% dos entrevistados disseram que possuem chave Pix e usaram o meio de pagamento. Já 59% das pessoas usam Pix pela conveniência da velocidade da transação e capacidade de fazer a qualquer momento.
A consultoria responsável pelo levantamento entrevistou mais de 5 mil consumidores e também cerca de 30 bancos e instituições financeiras para chegar aos dados, que dizem respeito ao mercado em 2022.
Recorde
O número diário de transações Pix bateu recorde por dois dias seguidos neste mês de julho, segundo informações divulgadas pelo Banco Central. No dia 6 (quinta-feira), foram feitas 129,4 milhões de operações; enquanto que no dia 7 (sexta-feira), novo recorde: 134,8 milhões de transações. O Pix é a principal forma de pagamentos atualmente no Brasil.
Segundo dados do Banco Central, somente em junho, foram feitas 2,86 bilhões de transações por Pix. Este é o maior número da série histórica, que começa em novembro de 2020. Atualmente, mais de 405 milhões de contas estão cadastradas.