Quarta-feira, 15 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 8 de novembro de 2022
Valdemar Costa Neto disse que o PL vai lutar pelas bandeiras de Jair Bolsonaro e que o presidente só contestará os números finais das eleições “se tiver algo real”
Foto: EBCMatéria atualizada às 17:30
O presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, afirmou nesta terça-feira (8), em entrevista, que a sigla será oposição ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e convidou Jair Bolsonaro (PL) para a presidência de honra do partido.
“O PL não renunciará às suas bandeiras de ideais, será oposição aos valores comunistas e socialistas, será oposição ao futuro presidente”, disse. Segundo Costa Neto, Bolsonaro “devolveu ao nosso povo o orgulho de ser brasileiro”, fazendo a economia crescer e gerando empregos. Ele acrescentou que o PL continuará “continuará na busca por uma nação unida pela liberdade, verdade e fé”.
“Nos sentiríamos muito felizes se o presidente Bolsonaro assumisse a presidência de honra do Partido Liberal”, destacou. “Nós queremos que ele comande o nosso partido. Queremos o Bolsonaro à frente dessa luta que ele construiu para levar o nosso partido a um patamar mais importante”, adicionou. O presidente do PL afirmou que foi “graças a Bolsonaro” que o partido construiu a maior bancada de deputados federais e senadores.
Sobre os protestos de apoiadores de Jair Bolsonaro que não aceitam a vitória de Lula, ele pontuou que “têm o nosso apoio”. “O que o presidente deixou claro é que não podemos fazer um movimento que traga prejuízo para o País, que proíbam o ir e vir. Agora, os que estão fazendo movimento dentro da lei, sem atrapalhar a vida de ninguém, têm o nosso apoio”, explicou.
Costa Neto também ressaltou que o PL irá apoiar Arthur Lira, mas “com a garantia que ele nos ajude e trabalhe para eleger nosso candidato no Senado”.
Resultado da eleição
Valdemar deu, no entanto, declarações dúbias sobre a possibilidade de o presidente Jair Bolsonaro vir a questionar o resultado da apuração. Primeiro, ele afirmou que o PL não iria contestar a vitória do petista. Depois admitiu que Bolsonaro poderá fazer isso, se tiver “algo na mão”. E afirmou que é preciso esperar o resultado do relatório feito pelas Forças Armadas e que será entregue ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) amanhã.
“Não temos nada de previsão de entrar (na Justiça), não temos nada. Por enquanto, não temos nada na mão”, afirmou, na primeira entrevista coletiva a veículos da imprensa que concedeu desde fora condenado por envolvimento no escândalo do mensalão. Em seguida, ajustou sua declaração para dizer que Bolsonaro só contestará os números finais das eleições “se tiver algo real”.
“Se não tiver, ele não vai fazer isso. Ele já deixou claro isso aí. Nós estamos esperando agora o resultado do relatório do Exército amanhã para ver se tem alguma coisa consistente para que ele possa questionar o TSE”, disse.