Terça-feira, 21 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 3 de janeiro de 2023
Após decidir entregar ao ex-presidente Jair Bolsonaro o cargo de presidente de honra da sigla e pagar a ele um salário que deve ser de R$ 39 mil, o PL está agora diante de um impasse sobre quando vai fazer o primeiro pagamento. A legenda está com os recursos bloqueados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) depois de receber uma multa de quase R$ 23 milhões por tentar anular o segundo turno com acusações infundadas sobre fraudes nas urnas eletrônicas.
Com o ex-presidente nos Estados Unidos sem data para voltar, aliados do presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, dizem que o partido deve recorrer a doações para pagar o salário e assim evitar injetar recursos públicos na conta de Bolsonaro.
Em reserva, um interlocutor da legenda disse que Bolsonaro ainda não assumiu o novo “emprego”, por isso não há previsão sobre os recursos. Mas outra fonte ligada ao partido pondera que Bolsonaro pode atuar a distância fazendo lives e participando de eventos virtuais até decidir voltar ao País.
Valdemar da Costa Neto publicou nessa terça-feira (3), em redes um vídeo reiterando apoio e agradecendo o ex-presidente, que, segundo, ele “tem crédito”.
Viagem
Bolsonaro deixou o país na sexta-feira (30), em seu penúltimo dia de mandato. O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tomou posse no domingo (1º).
O pedido para investigação da viagem do ex-presente foi feito pelo deputado federal Elias Vaz (PSB-GO) na última semana. O parlamentar alegou “indícios de desvio de finalidade e má administração dos recursos públicos no custeio da viagem” do ex-presidente.
“[No dia da viagem faltavam] menos de 48 horas para o fim mandato, portanto o uso de milhões oriundos do erário em uma viagem obscura atenta contra o interesse público, que é o pressuposto de validade para emprego das verbas públicas”, disse o deputado Elias Vaz em representação ao Tribunal de Contas da União.
Relatoria
O TCU (Tribunal de Contas da União) escolheu o ministro Walton Alencar Rodrigues, que tem boas relações com Jair Bolsonaro, como relator do pedido de investigação da viagem do ex-presidente a Orlando, nos Estados Unidos. A informação é do portal UOL.
Rodrigues foi quem recomendou o nome de Tarcísio Gomes de Freitas a Bolsonaro, na transição de 2018. Nomeado ministro da Infraestrutura na ocasião, Tarcísio é hoje governador de São Paulo. É ele quem decidirá se a investigação do caso prosseguirá no Tribunal ou se o pedido do parlamentar será arquivado.