Quinta-feira, 06 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 15 de novembro de 2015
A avaliação predominante no Palácio do Planalto é de que o risco de impeachment da presidenta Dilma Rousseff já está afastado. Conforme um de seus auxiliares, há dois meses a atitude do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), era de oposicionista e o governo colecionava derrotas no Legislativo, enquanto os adversários se preparavam para abrir o processo de cassação da mandatária antes do fim do ano.
Hoje, por outro lado, a oposição já não tem essa única pauta, Cunha joga com o Executivo e o Planalto começa a “sair das cordas”. Essa análise seria compartilhada por Dilma e pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, bem como pelos ministros Jaques Wagner (Casa Civil) e Ricardo Berzoini (Articulação Política). Eles admitem, porém, que a estabilidade política ainda é precária e atrelada aos indicadores econômicos e desdobramentos da Operação Lava-Jato.
Um dos maiores paradoxos da atual conjuntura nacional é o fato de que a margem de manobra do governo tem aumentado à medida em que se reduz a influência de Dilma em seu próprio mandato. A desobstrução do diálogo com o presidente da Câmara, por exemplo, é creditada a Lula e Wagner.
Mas essa é uma conquista com duas faces, ao pressupor o socorro das forças governistas a Cunha, principal adversário do governo desde que anunciou o seu rompimento político com Dilma, em julho. “Um passo em falso do PT e Cunha pode voltar a torcer o braço de Dilma”, alerta a fonte ligada à presidenta. (Folhapress)