Sexta-feira, 27 de dezembro de 2024
Por Cláudio Humberto | 7 de julho de 2023
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Por razões diferentes, Planalto e Gilberto Kassab, presidente do PSD, sonham com o rompimento de Tarcísio de Freitas com o PL e o próprio Jair Bolsonaro. A esperança se fortaleceu após as hostilidades contra o governador de São Paulo desta quinta (6) nas redes sociais e durante reunião na sede do PL em Brasília. Para Kassab, empurrado para fora da direita, Tarcísio poderia virar um candidato competitivo do PSD em 2026. Para o Planalto, o rompimento cumpre o papel de enfraquecer a direita.
Risco de desgraça
Tarcísio é grato a Bolsonaro, por sua eleição em São Paulo, e sabe que o preço do rompimento seria muito alto. Quem fez isso se deu muito mal.
Palanque conservador
Políticos do PL que se destacaram nos ataques a Tarcisio aspiram candidatura a prefeito, em 2024, e até a presidente, na sucessão de Lula.
Direita predominante
Reforma Tributária foi o tema mais comentado nas redes sociais, mas sob domínio bolsonarista. Não havia defesa da reforma, só críticas.
Sem clima para civilidade
Bolsonaristas menos radicais atribuem a Kassab a visita de Tarcísio a Fernando Haddad. Mas o gesto de civilidade virou “traição” a Bolsonaro.
‘Herdeiro’ de Bolsonaro somente após recursos
O PL não deve anunciar nenhum pré-candidato ao Palácio do Planalto até serem julgados os recursos de Jair Bolsonaro contra inelegibilidade imposta pela Justiça Eleitoral. O partido quer começar a definir nomes para prefeituras e governos estaduais. Apesar de não anunciar ninguém, o nome de Michelle Bolsonaro deve ficar em evidência no período. No entanto, o entorno de Michelle garante que o desejo dela é o Legislativo.
Senado na mira
Jair Bolsonaro ainda não endossa Michelle na disputa. A ex-primeira-dama pode ser lançada como candidata ao Senado pelo Distrito Federal.
Plano B
Se Michelle não topar, há sondagens com Tereza Cristina (PP-MS) na chapa. A senadora agrada partidos do centro e o agronegócio.
Condições
O PL avalia que Tarcísio de Freitas agrega mais competitividade para a chapa, mas o governador de São Paulo teria que sair do Republicanos.
Operação suspensa
O ministro Gilmar Mendes, do STF, suspendeu operação em Alagoas que tenta incriminar Arthur Lira. A suspeita é de manipulação dos adversários do presidente da Câmara em Alagoas. A defesa pede anulação de tudo.
Projeto Frankenstein
A reforma tributária parece sem pé, nem, cabeça, como evidenciou o deputado campeão de votos Nikolas Ferreira (PL-MG): “O texto da reforma está tão bom que o Lula precisa liberar emenda toda hora”.
Sem papo
O deputado Arthur Lira, mandou mensagem para Jair Bolsonaro sobre a reforma tributária. O ex-presidente, que é contrário à proposta, recebeu a mensagem, mas não respondeu.
Ignorada na CPMI
Na próxima semana, a Comissão de Segurança do Senado vai ouvir OAB, Defensoria Pública, familiares e advogados de presos no 8 de janeiro. Na pauta, direitos violados e acusações que não se sustentam.
Sopapos virtuais
Os deputados goianos Gustavo Gayer (PL) e José Nelto (PP) trocam sopapos verbais no youtube. Chamado de racista, nazista e fascista, Gayer processa Nelto, acusando-o de fazer “velha política com botox”.
Não é ambulância
“O governo está tentando nos vender uma ambulância, quando vão nos entregar um carro fúnebre”, comparou o deputado Bibo Nunes (PL-RS), ao avaliar o projeto de Reforma Tributária em discussão na Câmara.
Dono da cadeira
“A cadeira do Tarcísio quem deu foi o presidente Bolsonaro”, disse o deputado Marco Feliciano (PL-SP), sobre o diálogo aberto pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) com o governo federal.
Franceses apoiam policial
A maioria dos franceses apoia o policial que atirou e matou o rapaz que avançou e rompeu uma blitz. Se uma vaquinha arrecadou 250 mil euros para a família do rapaz, outra juntou 1,5 milhão de euros para o policial.
Pensando bem…
…o barraco bolsonarista, na sede do PL, revigorou as esperanças eleitorais no PT.
PODER SEM PUDOR
Madeiras de má qualidade
Jânio Quadros estava em campanha para a prefeitura de São Paulo, em 1985, quando recebeu seu vice para uma conversa. Artur Alves Pinto estava preocupado com os oportunistas que cercavam a campanha: “A eleição, meu caro é uma grande fogueira”, respondeu Jânio, “nela, há lugar para madeira de toda qualidade…” Pinto permaneceu calado e Jânio completou: “…mas fique tranquilo: na administração, a gente separa as madeiras.”
Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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