Os geólogos da Universidade da Geórgia (EUA) Kelsey Crane e Christian Klimczak avaliaram o ritmo de resfriamento de Mercúrio e o tempo que levou o planeta menor e mais próximo do Sol a adquirir o tamanho que tem hoje.
Publicado na revista Geophysical Research Letters, o estudo informa que anteriormente a sonda Messenger (MErcury Surface, Space ENvironment, GEochemistry) encontrou na superfície de Mercúrio numerosas dobras, sinuosidades e fraturas, o que permite concluir sobre a atividade tectônica do planeta, pelo menos no passado.
A contração global do planeta começou há mais de 3,85 bilhões de anos, acreditam os geólogos. A redução do tamanho do planeta é agora pouco perceptível. Mesmo assim, o raio de Mercúrio diminuiu em mais de cinco quilômetros.
Os pesquisadores acreditam que Mercúrio começou a “encolher” após um bombardeio de meteoritos, que terminou há 3,8 bilhões de anos e durou aproximadamente 400 milhões de anos. O corpo celeste ainda está se modificando, mas a atividade tectônica praticamente parou e o campo magnético do planeta está cada vez mais fraco.
Mercúrio foi detalhadamente estudado apenas por duas sondas – a Mariner 10 e a Messenger. Em 2018 o Japão e a UE planejam enviar uma terceira missão para Mercúrio, a BepiColombo, composta por duas sondas. Os primeiros resultados da missão ainda demorarão muitos anos a chegar à Terra — mesmo que o lançamento seja realizado em 2018, a estação alcançará o planeta apenas em 2025.