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Aquecimento global: domingo foi o dia mais quente já registrado no planeta, diz União Europeia

Pesquisa não cita o país e não fala sobre regiões ficarem inabitáveis. (Foto: Inmet)

O planeta Terra teve o dia mais quente já registrado neste domingo (21). A informação é do observatório europeu Copernicus. A temperatura média global do ar na superfície atingiu 17,09°C, calor nunca antes registrado. O recorde anterior tinha sido também em julho, mas em 2023, quando a temperatura média global foi de 17,08 °C.

Os dados são preliminares, segundo o observatório, mais apontam para um recorde diário histórico nos registros do Copernicus, que são feitos desde 1940. Junho deste ano marcou o décimo terceiro mês consecutivo de recordes de calor na Terra. Desde junho de 2023, é registrado um mês mais quente a cada novo período, dado que cientistas e autoridades destacam para apontar que vivemos uma emergência climática. A marca de temperatura de junho se soma à lista de recordes globais de calor neste e no último ano.

Primeiro, o planeta registrou em 2023 o mês de junho mais quente da história – até então.
Depois, a marca foi sendo quebrada a cada novo mês: julho, agosto, setembro, outubro, novembro, dezembro, janeiro, fevereiro, março, abril, maio e agora junho de novo.
Além disso, o número de dias que ultrapassou o limiar de aquecimento politicamente significativo de 1,5ºC já atingiu um novo máximo;
E, para piorar, pela 1ª vez, o mundo registrou um dia com a temperatura média global 2°C acima da era pré-industrial.
Fora tudo isso, julho de 2023 foi tão quente que pode ter sido o mês mais quente em 120 mil anos, enquanto as temperaturas médias de setembro quebraram o recorde anterior em 0,5°C.

Brasil inabitável

A Nasa, a agência espacial americana, publicou um estudo que listou cinco regiões do planeta onde o calor pode tornar a sobrevivência humana impossível nos próximos 50 anos. A lista inclui áreas do Centro-Oeste, do Nordeste, do Norte e do Sudeste do Brasil. O estudo foi conduzido por Colin Raymond, do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, e publicado na revista científica Science Advances.

A lista inclui ainda o Sul da Ásia, o Golfo Pérsico e o Mar Vermelho, além de partes da China e Sudeste Asiático. Além das áreas inabitáveis, o estudo também aponta que, no mesmo período, algumas regiões já não permitirão a formação de vida.

Em fevereiro deste ano, a Nasa já havia apontado que o planeta Terra está 1,5 grau mais quente. Os pesquisadores usaram imagens de satélite e projeções da temperatura de bulbo úmido, aquela mais baixa que pode ser alcançada apenas pela evaporação da água. Além da temperatura, também levou-se em conta a umidade do ar.

De acordo com os estudiosos, a junção da temperatura igual ou superior a 37ºC e umidade do ar acima de 70% é o que dá início aos problemas de saúde. O corpo consegue se manter suando a 45°C com 20% de umidade. Mas, com a umidade acima de 40%, pode ser letal, já que a capacidade de suar e dissipar calor se reduz. Não se sabe como os seres humanos podem se adaptar a altas temperaturas por vários dias.

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