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Por Redação O Sul | 9 de junho de 2015
Com previsão de investimentos de 198,4 bilhões de reais nos próximos anos, o governo federal lançou nesta terça-feira (09), no Palácio do Planalto, a nova fase do PIL (Programa de Investimento em Logística). Os recursos serão usados pela iniciativa privada em projetos de infraestrutura como rodovias, ferrovias, aeroportos e portos. No Rio Grande do Sul, serão investidos cerca de 5,7 bilhões de reais em estradas e no aeroporto Salgado Filho.
Do total de recursos previstos, 69,2 bilhões de reais serão investidos entre 2015 e 2018. A partir de 2019, o programa prevê investimentos de 129,2 bilhões de reais. Serão 66,1 bilhões de reais em rodovias; 86,4 bilhões de reais em ferrovias; 37,4 bilhões de reais em portos e 8,5 bilhões de reais em aeroportos.
O pacote de investimentos é mais uma tentativa da presidenta Dilma Rousseff de modernizar parte da infraestrutura do País. Essa nova versão do PIL também é uma reação da presidenta à queda de sua popularidade provocada pela desaceleração da economia e pelas denúncias de corrupção na Petrobras.
“Com mais produtividade, o governo vai poder arrecadar mais e oferecer mais serviços públicos”, afirmou o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, durante a solenidade. “É fundamental aumentar a taxa de investimento no Brasil”, destacou. Barbosa ressaltou que a frota de veículos brasileira cresceu 185% de 2000 a 2014. Nos portos, o aumento foi de quase 100%. “Isso significa que há demanda para melhorar nossos portos, nossa estrutura portuária”, afirmou. Foi com esse diagnóstico de demanda que nós construímos essa nova etapa do Programa de Investimento em Logística”, completou.
Conforme Dilma, o plano de concessões vai ajudar o País a transpor “dificuldades conjunturais”. Segundo ela, o programa terá efeitos múltiplos em toda cadeia produtiva. “Reafirmamos nosso compromisso com a parceria federativa. O diálogo com os governadores e empresários é decisivo para esse ou aquele investimento. Para todas as etapas”, declarou.
“Estamos na linha de saída e não na reta de chegada. Provavelmente, daqui a um ano ou dois lançaremos complementações desse programa de logística”, acrescentou a mandatária.
Aeroporto Salgado Filho
No caso dos aeroportos, as concessões ao setor privado envolvem 8,5 bilhões de reais em investimentos e englobam os aeroportos Salgado Filho (2,5 bilhões de reais), em Porto Alegre; de Salvador (3 bilhões de reais); Florianópolis (1,1 bilhão de reais) e Fortaleza (1,8 bilhão de reais). A previsão é de que os leilões desses terminais iniciem no primeiro trimestre de 2016.
Portos, rodovias e ferrovias
O segundo bloco de concessões contempla 21 terminais nos portos de Paranaguá, Itaqui, Santana, Manaus, Suape, São Sebastião, São Francisco do Sul, Aratu, Santos e Rio de Janeiro, com investimentos previstos de 7,2 bilhões de reais. Essa etapa deverá ser licitada por outorga, com previsão de licitação no primeiro semestre de 2016.
Em relação às ferrovias, o plano de concessões lançado nesta terça-feira prevê que o governo poderá optar entre realizar os leilões por maior valor de outorga, menor tarifa ou compartilhamento de investimento. A escolha do modelo se dará de acordo com as características de cada ferrovia.
Nas rodovias, estão trechos das BRs-476/153/282/480, entre Paraná e São Paulo; BR-163, entre Mato Grosso e Pará; BRs-364/060, entre Mato Grosso e Goiás; e BR-363, entre Goiás e Minas Gerais. No Rio Grande do Sul, constam no plano de concessões as BRs-101, 116, 290 e 386, principais estradas que ligam a Capital ao interior do Estado.