A descoberta da trama para matar Sergio Moro e as falas ameaçadoras de Lula, em seu ódio obsessivo, e a mentira da “armação”, não apenas recolocaram o ex-juiz da Lava Jato na elite da política como garantiram o mandato do senador, ao menos por enquanto. O ex-juiz da Lava Jato, que meteu Lula na cadeia por ladroagem, está na mira do empoeirado Conselho de Ética do Senado, agora controlado por lulistas, que têm a “missão” de procurar cabelo em ovo para cassar seu mandato.
Caça ao investigador
Querem para Moro o mesmo destino do juiz da Operação Mãos Limpas, da Itália, Antonio Di Pietro, caçado pelos políticos ladrões que puniu.
Mau presságio
A intenção de lulistas, alvos da Lava Jato, era óbvia: controlar o Conselho de Ética para blindar aliados e emparedar os opositores.
Olha a turma
Seis integrantes da CPI da Pandemia estão agora no Conselho de Ética, além de outros que usaram a comissão para garantir lugar sob holofotes.
História curta
O último senador cassado foi Delcídio do Amaral, ex-ministro de Dilma ex-PT, enrolado na Lava Jato. Desde 1988, só três perderam mandatos.
Destino de Ciro Gomes será o retorno ao PSDB
Candidato outra vez derrotado para presidente no ano passado, Ciro Gomes estaria de malas prontas para trocar o PDT pelo PSDB, ao qual foi filiado no início da carreira, sob a liderança do ex-senador Tasso Jereissati. Nos anos 1990, Ciro foi eleito governador do Ceará como candidato tucano. No PDT, um dirigente nacional que tem certeza desse retorno, Ciro deve voltar para “arrumar” o PSDB. “Ou enterrar”, ironizou. Se fizer a troca, Ciro reencontrará Tasso no partido de onde nunca saiu.
Partido no governo
Ciro não participou do conchavo que fez PDT aderir ao governo Lula, em troca do Ministério da Previdência, do qual Carlos Lupi se apossou.
Tem prazo
Ciro não se manifesta desde a vitória de Lula, por quem não tem o menor respeito. Promete “quebrar o silêncio” após o 100º dia de governo.
Pula partido
Ciro deixou o PSDB em 1996 e depois filiou-se ao PPS, ao PSB e então foi para o PDT, onde, até agora, permanece.
Sem esfriar
Após muita pressão por parte da oposição, ficou marcada para 11 de abril a ida do ministro Flávio Dino (Justiça) à Comissão de Fiscalização da Câmara para explicar sua visita, bastante relaxada, ao Complexo da Maré, no Rio de Janeiro, favela controlada pelo crime organizado.
Enquadro
Arthur Lira mandou recado que não vai permitir excessos de deputados e cobrou debate mais “maduro” na Câmara. No Conselho de Ética, Lira deve colocar o aliado Leur Lomanto Junior (Ba), do União Brasil.
Demonstração de força?
Será colocada à prova a articulação do governo Lula na Câmara, esta semana. Com previsão de votação de 13 medidas provisórias, todas do governo Bolsonaro, lulistas poderão demonstrar a sua suposta força
Planos do PL
Valdemar Costa Neto quer avançar sobre o ninho tucano em São Paulo. O cacique deve usar Jair Bolsonaro para atrair prefeitos conservadores e filiar a turma no Partido Liberal, partido que é cacique.
Encolheu
Encolheu ainda mais a nanica bancada do Solidariedade na Câmara, com cinco parlamentares. O deputado Max Lemos (RJ) trocou o partido pelo PDT, que passa a ter 18 deputados.
Cavalo alado
O enroladíssimo Juscelino Filho (Comunicação) está na comitiva de Lula à China. O ministro resiste à fritura, sobretudo do PT, justamente por questões envolvendo viagens. Foi a leilão de cavalos nas asas da FAB.
Ruim pra todo mundo
Uma das maiores empresas de consultoria do mundo, a Accenture, que até presta serviços a diversos governos estaduais e municipais no Brasil, anunciou que vai demitir 19 mil funcionários em vários países.
Diga com quem andas
A polícia de Emmanuel Macron, amigão de Lula, prendeu mais de 80 manifestantes em um único protesto contra a reforma da Previdência que o presidente francês enfia goela abaixo dos franceses.
Alô, eleitor francês
Faz um M.
PODER SEM PUDOR
Longe das passarelas
O então governador pernambucano Jarbas Vasconcelos já não parecia à vontade na reputação de namorador de jovens misses: em Brasília para conversar com Lula, o presidente da época, ele se livrou da tarefa de pôr a faixa na vencedora do “Miss Pernambuco 2005”, após cancelar um coquetel para as candidatas alegando “corte de despesas”. Foi nele inspirado, naquele ano, até o enredo de um bloco de carnaval do Recife. Mas Jarbas deplorou o “concurso” em que a vencedora ganharia “a faixa, o cetro e …o coroa”.
Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos