Sexta-feira, 14 de março de 2025
Por Redação O Sul | 17 de julho de 2015
A decisão do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de romper com o governo federal não teve o respaldo do PMDB, seu partido, nem de siglas da oposição. Líderes oposicionistas classificaram na sexta-feira como “muito grave” o anúncio feito pelo peemedebista, especialmente se novas denúncias surgirem contra o parlamentar. O comando do PMDB afirmou, por meio de nota assinada pela assessoria da legenda, que um possível rompimento do partido com o governo Dilma Rousseff só pode ocorrer depois de a sigla consultar sua executiva nacional, seu conselho político e seu diretório nacional. O PMDB é comandado nacionalmente pelo vice-presidente da República, Michel Temer, articulador político do Palácio do Planalto.
Já a oposição teme que sua decisão crie uma crise institucional, levando a um agravamento da crise política e econômica pela qual passa o País. Eles veem o movimento com cautela e defendem as investigações contra o presidente, sem que Cunha seja poupado por declarar guerra à presidenta Dilma Rousseff, ao Ministério Público e ao Poder Judiciário. Até o momento, apenas o Solidariedade declarou apoio a Cunha publicamente.
Para o líder do Democratas na Câmara, Mendonça Filho (PE), a decisão de Cunha se somará à crise política econômica do governo. “Vislumbro um quadro muito difícil nesse segundo semestre. Há uma instabilidade institucional agravada. Ele declarou publicamente guerra ao governo”, afirmou.