Domingo, 09 de março de 2025
Por Redação O Sul | 12 de junho de 2024
O Megaprojeto de Lei é um grande desafio para a administração de Javier Milei, mas também uma aposta do novo presidente.
Foto: ReproduçãoA polícia entrou em confronto com manifestantes do lado de fora do Congresso da Argentina, em Buenos Aires, nessa quarta-feira (12), enquanto os senadores discutem o Megaprojeto de Lei proposto pelo presidente Javier Milei.
As forças de segurança utilizaram um caminhão com canhão d’água e balas de borracha para tentar dispersar os manifestantes.
Pelo menos 40 pessoas receberam atendimento médico no local com irritação na pele, afirmou à AFP a Associação contra a Violência Institucional, sem esclarecer o número total de hospitalizados.
“Precisamos que essa repressão cesse. Pedimos que intervenham para acabar com esses atos”, exigiu no plenário a senadora opositora Nora Giménez.
Desde cedo, foi possível perceber a tensão entre as pessoas reunidas para protestar e os policiais, que chegaram a usar spray de pimenta contra deputados da oposição.
O Megaprojeto de Lei é um grande desafio para a administração de Javier Milei, mas também uma aposta do novo presidente.
Ele dá poderes especiais para Milei governar por decreto em diversas áreas, permite a dissolução de organismos públicos e privatizações de estatais, altera leis trabalhistas e dá incentivos fiscais para empresas estrangeiras que queiram investir no país.
Ainda assim, foi necessário que Milei fizesse diversas concessões para que o texto pudesse avançar.
O documento foi aprovado na Câmara, e agora é analisado pelos senadores. Entretanto, como houve modificações em relação ao texto que passou na Câmara, ele precisará ser analisado novamente por esta Casa legislativa se for aprovado no Senado.
O Senado discute a Lei de Bases, que em seus 238 artigos inclui incentivos a grandes investimentos por 30 anos, uma reforma trabalhista, privatizações e uma polêmica delegação de poderes legislativos ao presidente ultraliberal, que necessita de apoio dos congressistas após não conseguir aprovar uma única lei em seis meses de governo.