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Polícia Civil descarta motivação política na morte de tesoureiro do PT no Paraná

Marcelo Arruda foi morto durante a sua festa de aniversário em Foz do Iguaçu. (Foto: Divulgação)

A Polícia Civil do Paraná concluiu que não houve motivação política no assassinato do tesoureiro do PT Marcelo Arruda em Foz do Iguaçu, no dia 9 deste mês. Autor dos disparos, o policial penal Jorge Guaranho foi indiciado por homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e por causar perigo comum, de acordo com a delegada Camila Cecconello.

O crime aconteceu durante a festa de aniversário de 50 anos de Arruda, que era guarda municipal. O evento tinha como tema o PT e o ex-presidente Lula. Após efetuar os disparos, Guaranho foi ferido pelo tesoureiro, que também estava armado. O assassino está hospitalizado. Ele teve a prisão preventiva decretada na segunda-feira (11).

Até o momento, suspeitava-se que o crime teria motivação política, já que o policial penal é apoiador do presidente Jair Bolsonaro.

Segundo a Polícia Civil, o assassino estava em um churrasco, quando ficou sabendo que a festa de Arruda estava acontecendo. Ele, então, dirigiu-se até o aniversário com o objetivo de fazer uma provocação, conforme as investigações.

Após isso, começou uma discussão. A delegada afirmou que testemunhas relataram que o tesoureiro jogou um punhado de terra contra o veículo de Guaranho. Depois da discussão, o policial deixou o local e voltou alguns minutos mais tarde.

A Polícia Civil concluiu, com base nos depoimentos, que o retorno de Guaranho ocorreu por ele ter “se sentido humilhado”. Ao voltar ao aniversário, o porteiro da associação tentou impedir, sem sucesso, que ele entrasse no local a pedido dos participantes da festa.

Guaranho e Arruda, armados, começaram a discutir. O policial atirou primeiro. A delegada Camila afirmou que Guaranho efetuou quatro disparos, dos quais dois atingiram Arruda. O petista atirou dez vezes, acertando quatro tiros contra o policial.

Um inquérito também foi aberto para apurar as agressões que Guaranho sofreu após matar Arruda e ter sido baleado. Três pessoas são investigadas por darem chutes e pisões na cabeça do homem, que estava caído no chão, conforme mostram imagens de câmeras de segurança.

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