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Porto Alegre Polícia Civil indicia dez pessoas por furarem fila de vacinação contra covid em Porto Alegre

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Entre os indiciados há médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, integrantes da rede de apoio e orientador religioso.

Foto: Reprodução
Grupo é acusado de falsidade ideológica e infração de medida sanitária. (Foto: EBC)

A Polícia Civil concluiu nesta semana a segunda fase da operação “Xepa”, que investiga um caso envolvendo grupo que teria furado a fila de vacinação contra covid em Porto Alegre. O resultado mais recente é o indiciamento de dez pessoas, incluindo médicos, enfermeiros, integrantes da rede de apoio à saúde e um orientador religioso.

Foi constatado que os envolvidos foram contemplados com doses por se enquadrar nos critérios prioritários da campanha, mas também receberam outros fármacos na rede pública de saúde ou farmácias conveniadas à rede municipal. Com isso, burlaram a fila de espera e retiraram doses que deveriam ser aplicadas em outras pessoas.

Alguns dos investigados tomaram, inclusive, mais doses do que o previsto pelos protocolos do Ministério e Secretarias da Saúde em âmbito estadual e municipal. Houve até gente que chegou a receber quatro quatro injeções de dois imunizantes diferentes.

Responsável pela operação “Xepa”, o delegado Gabriel Bicca explica que o esquema consistia em receber as doses correspondentes à fase prioritária para os respetivos grupos e, quando o cronograma de imunização chegava em suas idades, eles omitiam o fato de já terem sido contemplados. Dessa forma, recebiam segunda injeção como se fosse a primeira, por exemplo.

Durante a apuração, houve o cumprimento de diversos mandados de busca e apreensão. Os indiciamentos se dão no âmbito de crimes como por falsidade ideológica (omissão de que haviam recebido imunizante quando da busca pelo serviço em outros postos e farmácias) e infração de medida sanitária de enfrentamento à pandemia. Em caso de condenação, a pena vai desde multa até prisão.

Desenvolvida desde o ano passado pela Coordenadoria de Recursos Especiais da corporação, a ofensiva apurara denúncias sobre burla dos critérios sanitários que definem a ordem de prioridades na campanha. Nesta etapa, foram apurados mais de 30 encaminhamentos.

A conduta irregular dos investigados ocorreu nos primeiros meses de vacinação (iniciada em janeiro deste ano) quando faltavam ampolas, havia longas e demoradas filas. Os idosos e profissionais de saúde contavam então com a prerrogativa de se vacinarem primeiro, e nesse cenário houve quem se aproveitasse da situação.

Acadêmicos da PUCRS

Em setembro, quatro acadêmicos de Medicina que fraudaram a campanha em Porto Alegre viraram réus na Justiça gaúcha por falsidade ideológica e infração de medida sanitária, após indiciamento pela Polícia Civil e denúncia pelo Ministério Público (MP).

Com idades de 22 a 25 anos e todos matriculados na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Eles haviam recebido Coronavac na primeira dose mas agiram deliberadamente para completar o esquema de imunização com o fármaco de Oxford. O caso aconteceu no dia 10 de maio.

Eles se valeram do fato de cursarem graduação em Medicina e de atuarem estágio prático para serem incluídos no segmento prioritário de vacinação. O grupo se dirigiu então a uma farmácia no bairro Petrópolis e, omitindo o fato de que já haviam recebido a primeira dose de Coronavac, receberam o fármaco de Oxford, supostamente com maior grau de eficácia.

“Os denunciados fizeram inserir em uma nova carteira de vacinação que obtiveram falsa declaração de que estavam recebendo a primeira dose da vacina e, ao mesmo tempo, omitiram em suas carteiras de vacinação o recebimento da segunda dose”, sublinhou a promotora no documento.

A fraude foi descoberta logo após as injeções, quando a agente de saúde lançou os dados no sistema de controle da Secretaria Municipal da Saúde (SMS). Ao constatar a duplicidade de primeiras doses, comunicou o fato à Pró-Reitoria de Graduação da PUCRS.

(Marcello Campos)

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