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Polícia Civil prende líder de organização criminosa gaúcha no Paraguai

“Nego Leo” foi preso na cidade paraguaia de Pedro Juan Caballero. (Foto: PC/Divulgação)

Líder de facção gaúcha que estava foragido da Justiça há 5 anos, Leonardo Silva de Souza, 25 anos, conhecido como “Nego Leo”, foi preso na manhã desta quarta-feira (11) na cidade paraguaia de Pedro Juan Caballero, fronteira do Paraguai com a cidade brasileira de Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul. Após a prisão, as autoridades paraguaias determinaram a expulsão de Nego Leo do país. O capturado chegou ao Rio Grande do Sul no meio da tarde desta quinta-feira (12), sob escolta em um voo comercial para Porto Alegre.

A ação, realizada por policiais da 5ª DPHPP (Delegacia de Polícia de Homicídios e Proteção à Pessoa), de Porto Alegre, mobilizou agentes da Senad (Secretaria Nacional Antidrogas) do país vizinho e da Polícia Federal.

A equipe da 5ª DPHPP chegou à cidade paraguaia na última segunda-feira (9), contudo a investigação para localizar o foragido se desenvolvia há meses. Num trabalho de inteligência e integração entre as forças de segurança, a operação para a captura de Nego Leo teve início depois que a Polícia gaúcha confirmou a informação de que o foragido estaria vivendo no país vizinho. O criminoso foi surpreendido, quando ainda dormia, em um apartamento num condomínio fechado. Com o preso, foram apreendidos celulares, que terão o conteúdo submetido à perícia.

Nego Leo, considerado o braço direito de “Nego Jackson” (chefe de uma das mais violentas facções gaúchas que tem origem na Vila Jardim, em Porto Alegre, e que está recolhido no sistema prisional) era o único da escala hierárquica da organização criminosa que ainda estava solto. Foragido desde 2016, ele tem antecedentes por tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e homicídio. O grupo ilegal do qual Nego Leo faz parte teria ligações com outra facção criminosa, de amplitude nacional e que atua principalmente em São Paulo, dentro e fora dos presídios.

Escondido no Paraguai, o criminoso seguia dando ordens, inclusive para matar integrantes de outras facções. Conforme explica o delegado Gabriel Lourenço, Nego Leo seria responsável pelo envio de drogas e armas para o Brasil do país vizinho. Além disso, ele também seria o responsável pelo gerenciamento das finanças da facção.

“Mesmo de fora do Brasil, ele tinha o domínio gerencial dessa organização da qual era o segundo no comando e atuava na distribuição de dinheiro, armas e drogas, inclusive com tráfico internacional. Esse tipo de prisão, que ataca diretamente as lideranças, quebra o crime organizado e é fundamental na redução dos índices criminais, principalmente em delitos como os de homicídio”, disse a diretora do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), delegada Vanessa Pitrez.

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