A investigação sobre o roubo de 718,9 quilos de ouro no Aeroporto Internacional de Garulhos continua. A Polícia Civil já escutou 13 testemunhas sobre o crime, que aconteceu na última quinta-feira (25). Conforme o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), nesta terça-feira (30), funcionários de duas empresas aéreas prestaram depoimentos para esclarecer o ocorrido.
No momento, três pessoas já foram presas por suspeita de ligação com o ato. Um deles é o funcionário do aeroporto, Petterson Patrício, que disse ter sido vítima no primeiro instante e, depois, aliciado a praticar o crime. O funcionário e outro homem foram presos neste final de semana.
Patrício trabalhava como supervisor de logística e chegou junto com a quadrilha ao local. Ele ajudou os criminosos a entrarem onde estava sendo transportado o ouro. Conforme a Polícia Civil, após diversos depoimentos contraditórios, Patrício confessou a participação no assalto. Com base nisso, a juíza Ana Carolina Mirando de Oliveira, da comarca de Guarulhos, decretou a prisão temporária dele.
A polícia ainda prendeu um outro suspeito em flagrante que estava com um carregador de fuzil e munição. Segundo a investigação, o suspeito deu suporte logístico para passar a carga roubada dos carros utilizados durante o crime para outros veículos.
Pelo menos 10 pessoas participaram do crime, segundo os policiais. O bando teria chegado ao aeroporto em dois carros disfarçados de viaturas da Polícia Federal, na última quinta-feira (25), às 14h30. Eles estavam armados e renderam os funcionários que faziam a alteração da carga. Os criminoso obrigaram os trabalhares do local a transferirem o ouro para uma das camionetes. A carga foi dividida em 31 malotes, e iria ser transportada para Nova York, nos Estados Unidos, e Toronto, no Canadá.