Segunda-feira, 03 de março de 2025
Por Redação O Sul | 2 de março de 2025
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) prendeu na sexta-feira (28) um homem de 52 anos que teria tentando invadir a sede do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele foi alvo de um mandado de busca e apreensão, mas acabou preso em flagrante por resistência e desacato. As informações estão em nota divulgada pela PCDF no sábado (1º).
De acordo com o comunicado, o homem, que não foi identificado, tentou invadir o prédio do STF na última quarta-feira (26), quando teria feito ameaças e ofensas a ministros da Corte. A polícia afirma que foram encontrados indícios de que o suspeito planejava “ações extremistas” – não há explicação sobre o tipo de ato mencionado.
A PCDF afirma que encontrou, na casa do homem, “bilhetes confirmando suas intenções violentas, bem como um artefato para construção de bomba caseira”. O suspeito também tinha um casaco da Polícia Militar do Distrito Federal, que estaria sendo “utilizado indevidamente pelo acusado”, de acordo com a nota. Além disso, foram apreendidos um celular e um computador.
“As investigações seguem em curso para buscar mais elementos de informação que corroborem com o crime de apologia ao crime e ameaças aos ministros do Supremo”, diz o comunicado.
A preocupação com a segurança em torno da Suprema Corte aumentou recentemente por causa dos ataques de 8 de janeiro de 2023 e por causa de um episódio ocorrido no fim de 2024.
Em novembro do ano passado, o catarinense Francisco Wanderley Luiz, conhecido como “Tiu França” (com “U” mesmo) atacou a sede do STF com bombas caseiras e se explodiu em seguida. Ele havia sido candidato a vereador pelo PL em 2020 no município de Rio do Sul, interior de Santa Catarina. As informações são do portal Terra.
Presos 8 de Janeiro
Dois anos após os ataques golpistas de 8 de janeiro, o Supremo Tribunal Federal (STF) já condenou 371 pessoas das mais de duas mil investigadas por participar dos atentados aos prédios dos três Poderes. Além disso, outras 527 admitiram a prática de crimes menos graves e fizeram acordo com o Ministério Público Federal (MPF), totalizando 898 envolvidos responsabilizados até o momento. Os números constam do balanço divulgado pelo gabinete do ministro Alexandre de Moraes, relator dos processos relacionados ao caso.
A maioria dos condenados ― 225 ― teve suas ações classificadas como graves. As penas para esses réus variam de três anos a 17 anos e seis meses de prisão. Os crimes pelos quais foram condenados são cinco: tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa e deterioração de patrimônio público.
Outras 146 pessoas foram condenadas por incitação e associação criminosa, considerados crimes simples. Elas não foram presas, mas devem usar tornozeleira eletrônica por um ano, pagar multa, prestar 225 horas de serviços à comunidade e participar de um curso presencial sobre democracia. Além disso, estão proibidas de usar redes sociais nesse período e de viajar, mesmo dentro do Brasil, sem autorização judicial. Ainda de acordo com o relatório, cinco pessoas foram absolvidas das acusações.