Uma clínica estética foi interditada em Bonsucesso, na Zona Norte do Rio de Janeiro, e um médico e uma esteticista foram presos em flagrante na terça-feira (1°) por policiais da Decon (Delegacia do Consumidor). No local, o médico e a esteticista realizavam lipoaspirações clandestinas.
A ação foi batizada de “Clínica da Morte” porque os profissionais realizavam os procedimentos sem higiene em um local que somente possuía autorização para realizar depilações e maquiagens.
No momento em que a polícia chegou ao local três pacientes estavam em macas com procedimentos de lipoaspiração já iniciados. As vítimas foram encaminhadas a um hospital para atendimento de primeiros socorros e depois foram à delegacia prestar depoimento.
Segundo a polícia, na clínica não havia condições de higiene e foram apreendidos diversos materiais que indicavam a realização de lipoaspirações, além de anestésicos e demais objetos. De acordo com as investigações os procedimentos invasivos eram realizados em datas específicas e durante a noite, com o objetivo de ludibriar a fiscalização.
Segundo a delegada titular da Decon, Daniela Terra, o médico preso em flagrante está com o registro no CRM (Conselho Regional de Medicina) cassado há cinco anos e possui anotações criminais por homicídios, falsidade ideológica, lesão corporal, estelionato, associação criminosa e exercício ilegal da medicina. Já sua assistente e dona da clínica, tinha licença apenas para fazer apenas depilação e maquiagem.
O médico e a dona da clínica foram autuados por estelionato, exercício ilegal da profissão, lesão corporal e falsidade ideológica. Os presos foram encaminhados à administração penitenciária onde ficarão à disposição da justiça.
Silicone industrial
Na segunda-feira (31), policiais da Decon prenderam em flagrante, uma transexual que realizava aplicações de silicone industrial nos glúteos de pessoas residentes nos Estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais. Os procedimentos eram realizados na residência dos clientes, que entravam em contato com ela por meio de redes sociais.
De acordo com a investigação, a presa vinha realizando as aplicações em clientes há cerca de dez anos. Ainda segundo o apurado, ela não possui habilitação para realização de procedimentos invasivos e utilizava material sem esterilização e totalmente impróprio para o uso em humanos.
Com base em trabalho de inteligência, os agentes conseguiram chegar à identificação da autora e ao endereço onde estavam localizados os produtos, no município de Nilópolis, na Baixada Fluminense. No local, foram apreendidos seringas cirúrgicas, anestésicos e tubos de silicone industrial, todos impróprios para uso. Ela foi indiciada por vender, ter em depósito para vender ou expor à venda ou, de qualquer forma, entregar matéria-prima ou mercadoria, em condições impróprias ao consumo. As informações são da Polícia Civil do Rio de Janeiro.