Sábado, 11 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 9 de maio de 2024
Os governos federal, estadual e municipais montaram operações de resgate que seguem em curso.
Foto: JurgenMayrhoferSSPSA Polícia Federal (PF) informou na quarta-feira (8) que abriu o inquérito pedido pelo governo federal para apurar a divulgação de conteúdos falsos a respeito das enchentes no Rio Grande do Sul.
O ofício com o pedido chegou à PF na noite da terça. A catástrofe ambiental, provocada pelas chuvas que transbordaram rios, matou até o momento mais de 100 pessoas no Estado. Os governos federal, estadual e municipais montaram operações de resgate que seguem em curso.
“Pedi que o ministro [Ricardo] Lewandowski (Justiça) desse uma entrevista à imprensa anunciando que vai pedir à Polícia Federal que abra procedimento, e que a AGU [Advocacia-Geral da União], junto com o Ministério da Justiça, irá acionar os órgãos competentes para consequente ação judicial e de responsabilização dessas pessoas”, disse Rui Costa.
O chefe da Casa Civil relatou que militares reclamaram que a divulgação de informações falsas no estado dificulta as operações de resgate. O ministro da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, também defendeu a apuração e punição de grupos que divulgam desinformação.
Enquanto Rui Costa falava, Pimenta comentou com um colega que é preciso “botar para f***r com os caras” que divulgam informações falsas.
“As Forças Armadas e equipes de resgate da Defesa Civil estão exausta de tanta fake news. AGU e PF devem agir para identificar os agentes criminosos para impedir sua ação organizada para prejudicar os resgates e salvamentos”, disse Pimenta.
“Se estamos em uma ‘guerra’ para salvar vidas, quem age como traidor tem que ser tratado como traidor pois prejudica o trabalhado de resgate e salvamento”, acrescentou.
O documento enviado pelo governo inclui publicações em redes sociais pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o senador Cleitinho (Republicanos – MG). Além dos parlamentares, há indicação de publicações de influenciadores como Pablo Marçal.
Segundo o governo, as fake news têm ” impacto dessas narrativas na credibilidade das instituições como o Exército, FAB [Força Aérea Brasileira], PRF [Polícia Rodoviária Federal] e Ministérios, que são cruciais na resposta a emergências. A propagação de falsidades pode diminuir a confiança da população nas capacidades de resposta do Estado, prejudicando os esforços de evacuação e resgate em momentos críticos. É fundamental que ações sejam tomadas para proteger a integridade e a eficácia das nossas instituições frente a tais crises”.
O documento enumera onze publicações consideradas fake news e o número de interações dos respectivos conteúdos nas redes sociais, além da quantidade de seguidores de quem postou, republicações e comentários.
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