Quinta-feira, 17 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 17 de outubro de 2015
A PF (Polícia Federal) iniciou no início deste mês uma investigação sobre supostas irregularidades nas contas de campanha da presidenta Dilma Rousseff nas eleições do ano passado. O inquérito foi aberto no último dia 7 de outubro a pedido do ministro Gilmar Mendes, do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), com base em suspeitas levantadas na Operação Lava-Jato. As contas, que relacionam receitas e despesas de campanha, foram aprovadas com ressalvas em dezembro do ano passado, mas, em agosto, Mendes pediu à PF e à Procuradoria Geral da República novas apurações.
Para o ministro, há suspeita de que parte do dinheiro desviado de contratos da Petrobras foi devolvido em forma de propina ao PT por meio de doação de campanha ao partido e à campanha presidencial. Ele também vê indícios de lavagem de dinheiro e falsidade ideológica, que poderiam, na avaliação dele, levar à abertura de ação penal.
Na época dos pedidos, a defesa da campanha de Dilma afirmou que as contas aprovadas pelo TSE mostram que a prestação está dentro da legalidade “e a suspeita levantada pelo ministro, de que doações oriundas de empresas investigadas pela Operação Lava Jato sejam decorrentes de corrupção, é frágil”. Na avaliação dos advogados da legenda, “as mesmas suspeitas deveriam recair sobre todas as campanhas que receberam doações dessas empresas”.
O partido tentou derrubar as novas apurações junto ao TSE, mas teve o pedido negado pela ministra Maria Thereza de Assis Moura no dia 6 de outubro, um dia antes de a PF abrir a investigação. (AG)