Quinta-feira, 16 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 16 de dezembro de 2015
Dentre os alvos dos 53 mandados da nova fase da Operação Lava-Jato deflagrada na terça-feira no Distrito Federal, São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Pará, Ceará e Alagoas, o destaque ficou por conta das operações de busca e apreensão nas residências do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Pelo menos três celulares do parlamentar foram apreendidos. Os agentes foram autorizados a acessar dados de computadores, smartphones, telefones celulares, tablets e outros dispositivos eletrônicos. Também não foram popuados aparelhos eletrônicos, anotações, registros contábeis e comunicações realizadas entre os investigados.
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) chegou a ter um pedido contra si pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, mas negado pelo ministro Teori Zavascki, relator da Lava-Jato no STF (Supremo Tribunal Federal).
Houve buscas, ainda, na sede do PMDB em Alagoas, incluindo um escritório utilizado por Calheiros, e em endereços do deputado Aníbal Gomes (PMDB-CE), apontado como interlocutor do senador alagoano.
Não estão previstas, por enquanto, prisões nessa etapa da força-tarefa, intitulada Catilinárias, em alusão aos discursos do cônsul romano Cícero contra o senador Catilina, acusado de tentar derrubar a República, na Antiguidade. (AE)