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Brasil Polícia Federal apreende lista de 18 projetos que envolviam interesses de empresas junto a órgãos públicos

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(Foto: Reprodução)

Uma planilha de cinco páginas apreendida pela PF (Polícia Federal) no escritório do lobista Mauro Marcondes Machado, 79 anos, revelou que ele trabalhava com 18 projetos que envolviam interesses de empresas junto a órgãos públicos.

Preso no mês passado pela Operação Zelotes, Marcondes pagou 2,4 milhões de reais a uma empresa de marketing esportivo de um filho do ex-presidente Lula, Luis Claudio Lula da Silva, na mesma época em que recebeu 16 milhões de reais de duas empresas automotivas interessadas na renovação de medida provisória.

Datada de dezembro de 2013, a planilha traz os nomes de 61 pessoas e 14 empresas, telefones, e-mails e a descrição de objetivos de uma parte dos projetos.

Em alguns casos, eram medidas que Marcondes pleiteava do governo federal, como a redução de impostos para empresas automotivas e obras públicas. Em um caso, o alvo de Marcondes foi um órgão do governo de São Paulo. Não há no papel nenhum registro de valores ou de pagamento de propina.

Dentre as empresas citadas na planilha, há um “Projeto Alstom”, referência ao grupo industrial de infraestrutura de energia e transporte, foco de investigações sobre pagamento de propina a políticos do PSDB e funcionários públicos para obter contratos no governo paulista. Outra empresa mencionada em três atividades de Marcondes é a Ballard Power Systems.

No “Projeto Ballard/EMTU”, ele buscava incentivo do governo paulista e se reuniu com o então vice-governador, Guilherme Afif Domingos, ex-ministro de Micro e Pequena Empresa no governo Dilma Rousseff e presidente do Sebrae.

No “Projeto Dakar/Mitsubishi” da planilha de Marcondes, ele iria buscar “a equiparação do IPI [Imposto Sobre Produtos Industrializados] para veículos de trabalho agrícola e do Exército”. O IPI é um imposto federal e a pretensão de Marcondes dependia de parecer da Receita.

Havia ainda o “projeto de prorrogação de 2010 para 2015 do incentivo fiscal de 32% da Mitsubishi” e o “Projeto de prorrogação por mais 5 anos (2015 a 2020) do Benefício Fiscal para a Caoa”, no qual figurou nome, telefone de contato e email do ex-ministro do governo Dilma e ex-chefe de gabinete do presidente Lula, Gilberto Carvalho, e de Lytha Spindola, ex-diretora no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio. A Operação Zelotes apontou que duas firmas da família de Lytha receberam 566 mil reais da empresa de Marcondes.

O “Projeto Andrade Gutierrez”, empreiteira investigada no escândalo da Lava-Jato por supostas fraudes na Petrobras, previa “buscar obras em projetos de plantas fabris do setor automotivo”. O “Projeto BMW” previa “a criação de condições especiais de fornecimento de componentes para veículos Premium”. (Folhapress)

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