Quinta-feira, 31 de outubro de 2024
Por Redação O Sul | 24 de outubro de 2024
Em Mato Grosso do Sul, a Polícia Federal (PF) apreendeu na manhã dessa quinta-feira (24) quase R$ 3 milhões de reais, em dinheiro vivo, na casa do desembargador aposentado, Júlio Roberto Siqueira Cardoso. O magistrado foi alvo de mandado de busca e apreensão durante a Operação Ultima Ratio, que investiga um suposto esquema de compra de sentenças judiciais.
O portal de notícias G1 informou que entrou em contato com o gabinete de cada desembargador investigado e recebeu a informação que nenhum detalhe sobre o caso, inclusive os contatos da defesa, seriam repassados.
Pela imagem divulgada pela PF é possível ver notas de R$ 50, R$ 100, R$ 200 e até mesmo dólares. Além do dinheiro, também foram apreendidos na residência documentos, mídias, computadores e celulares.
O desembargador Júlio Roberto Siqueira Cardoso, se aposentou do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul neste ano, após 40 anos de magistratura.
Ao todo, foram cumpridos 44 mandados de busca e apreensão nas cidades de Campo Grande/MS, Brasília/DF, Cuiabá/MT e São Paulo/SP, além de medidas como afastamento da função pública, monitoramento eletrônico dos investigados e outras cautelares.
A PF informou que no cumprimento dos mandados, foram apreendidos ainda revólveres, pistolas e espingardas.
A operação encontrou indícios de negociação de decisões judiciais em processos e julgamentos no âmbito do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJ-MS), por meio da intermediação de advogados, lobistas e parentes dos desembargadores citados na investigação.
Cinco desembargadores do TJ-MS foram afastados nessa quinta-feira (24) em razão de uma investigação que apura corrupção e venda de sentenças.
Foram afastados pelo STJ, pelo prazo inicial de 180 dias, os desembargadores: Sérgio Fernandes Martins, presidente do TJ-MS; Vladimir Abreu da Silva; Alexandre Aguiar Bastos; Sideni Soncini Pimentel; Marcos José de Brito Rodrigues.
Também foram afastados o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de MS Osmar Domingues Jeronymo e seu sobrinho, também servidor do TJ-MS, Danillo Moya Jeronymo.
Segundo as investigações, entre os crimes cometidos pelo grupo estão: lavagem de dinheiro; extorsão; falsificação; e organização criminosa. As informações são do portal de notícias G1.
O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJ-MS) informou ter conhecimento da operação, mas que não iria se posicionar sobre as investigações. Veja a íntegra: “O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) informa ciência sobre operação deflagrada na manhã de hoje, 24 de outubro, nas dependências desta Corte. Até o presente momento, o TJMS não teve acesso aos autos e ao inteiro teor da decisão que motivou a ação. Em virtude disso, não dispomos de subsídios suficientes para emitir qualquer declaração ou posicionamento sobre os fatos”. As informações são do portal de notícias G1.