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Polícia Federal apura se o Coronel Cid montou plano de fuga para Bolsonaro

A CPI que investiga os ataques de 8 de janeiro analisa e-mails em que ex-ajudante de ordens da Presidência tenta vender relógio por R$ 300 mil. (Foto: Reprodução)

A Polícia Federal (PF) tem especial interesse nas fraudes cometidas no sistema do Plano Nacional de Imunização em dezembro de 2022, último mês do governo Jair Bolsonaro (PL).

Investigadores acreditam que as inserções falsas em dezembro e a tentativa de resgatar R$ 16 milhões em joias do cofre da Receita Federal não são fatos isolados. A PF acredita que o tenente-coronel Mauro Cid, ajudante de ordens do ex-presidente, estava montando um plano de fuga para Bolsonaro.

Uma das especialidades de militares das Forças Especiais, formação de Cid, é justamente a montagem do que se chama na caserna de RAFE: Rede de Apoio a Fuga e Evasão.

Com a fraude no cartão de vacinação, Bolsonaro teria passe livre para ir para onde pudesse. “As joias garantiriam sua sobrevivência”, conclui um policial envolvido na investigação.

Dinheiro vivo

Preso pela PF nessa quarta-feira (3), o tenente-coronel Mauro Cid tentou esconder dos investigadores o dinheiro vivo que tinha em casa. Depois, no depoimento diante dos agentes já no prédio da PF, ficou nervoso e não respondeu às perguntas que foram feitas.

Cid e outras cinco pessoas foram presas em operação deflagrada pela PF pela manhã. A instituição investiga fraudes nos cartões de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro e de pessoas de seu entorno.

De acordo com as investigações, foram incluídas nos cartões doses de vacina contra a covid que não foram de fato tomadas pelo ex-presidente. O intuito era viabilizar a entrada dele nos Estados Unidos, no fim do ano passado, segundo os agentes. Bolsonaro foi alvo de busca e apreensão.

Os policiais descobriram o dinheiro na casa de Cid quando o tenente-coronel entregava as armas de fogo que guardava em um cofre. Cid se apressou para fechar o cofre. Os policiais pediram para ele abrir novamente e viram lá US$ 35 mil em espécie e R$ 16 mil, também em dinheiro vivo.

No celular de um dos alvos da operação, a PF teve acesso a uma conversa com Mauro Cid.

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