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Polícia Federal avalia mudanças e deve trocar comando de diretoria responsável pelos inquéritos de Bolsonaro

Superintendente regional da Polícia Federal, Leandro Almada da Costa deve assumir a Diretoria de Inteligência Policial. (Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

A Polícia Federal (PF) deve realizar mudanças na sua cúpula, que envolvem o número dois da corporação e a Diretoria de Inteligência Policial (DIP), responsável pelos inquéritos que miram o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Hoje, o delegado Gustavo Souza ocupa a diretoria executiva do órgão e é o braço-direito do diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues.

Interpol

Ele vai deixar o cargo para atuar na Interpol, após a confirmação, na semana passada, do nome de Valdecy Urquiza como secretário-geral da organização. Essa é a primeira vez que a rede internacional de polícias vai ser chefiada por um brasileiro.

Já o atual titular da DIP, Rodrigo Morais, vai assumir o posto de adido em Londres – a nomeação já foi publicada no Diário Oficial da União (DOU). Ele deve ser substituído pelo atual superintendente da PF no Rio de Janeiro, Leandro Almada.

Marielle Franco

O delegado Almada ganhou destaque por atuar no caso do assassinato da vereadora Marielle Franco e foi o responsável por montar a equipe que chegou, este ano, aos possíveis mandantes do crime.

Estrutura da PF

A diretoria é considerada uma das mais importantes da estrutura da PF, por ser responsável não somente pelos inquéritos que envolvem Bolsonaro, mas também investigações como a da “Abin paralela” e sobre as denúncias de assédio contra o ex-ministro Silvio Almeida.

A mudança na DIP acontece no momento em que investigações abertas contra o ex-presidente caminham para a reta final. A expectativa é que o inquérito sobre a suposta tentativa de golpe de Estado seja concluído ainda em novembro.

Atentado

Em 2018, Morais estava lotado em Minas Gerais e foi o responsável pelo inquérito sobre o atentado contra Bolsonaro, durante a campanha eleitoral. A apuração concluiu que não houve mandantes para o crime e que Adélio Bispo agiu sozinho – hipótese que nunca foi aceita pelo entorno do ex-presidente. As informações são do jornal Valor Econômico.

 

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