Sexta-feira, 10 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 3 de fevereiro de 2023
A Polícia Federal (PF) iniciou, na manhã desta sexta-feira (3), uma nova fase da Operação Lesa Pátria, que tem como alvos os suspeitos de envolvimento nos atos criminosos contra os Três Poderes do dia 8 de janeiro em Brasília.
Nesta quarta fase da operação, são cumpridos três mandados de prisão preventiva e 14 mandados de busca e apreensão nos estados de Rondônia, Goiás, Espírito Santo, São Paulo, Mato Grosso e Distrito Federal (DF). As ordens foram expedidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Até o momento, uma pessoa foi presa em Goiás e outra no estado de Rondônia.
O preso em Goiás é o empresário Lucimário Benedito Camargo, conhecido como Mário Furacão.
Ele gravou vídeo, enrolado em uma bandeira nacional, no interior do Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro. O manifestante já foi presidente de uma entidade de lojistas em Rio Verde, em Goiás, e participava de protestos contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Além disso, o Ministério Público Federal (MPF) informou que um dos alvos de busca e apreensão é um policial legislativo do Senado.
De acordo com o MPF, o objetivo é apreender “armas e outros materiais” que comprovem “violação de dever funcional” do policial, além de “omissão imprópria” por ter deixado de combater os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que invadiram o Senado.
Fontes da PF relataram que o policial alvo da operação era o responsável por buscar as granadas de efeito moral na armaria e entregar aos policiais na linha de frente. O agente foi denunciado ao STF e foi solicitado seu afastamento da função.
“Também foram requeridos bloqueio de bens, impedimento de deixar o país e proibição de uso de redes sociais. Todos os pedidos foram acolhidos pelo relator do caso no STF, ministro Alexandre de Moraes. O agente também está proibido de se aproximar do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal”, informou o MPF em nota.
Também foi alvo de busca e apreensão uma advogada, que, segundo o MPF, teria recolhido aparelhos celulares de criminosos que atacaram as sedes dos Três Poderes, o que representa a possibilidade de obstrução de Justiça.
Os investigados são acusados dos crimes de “abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido”, informou a PF.
Operação Lesa Pátria
A operação cuja quarta fase está sendo realizada pela PF nesta sexta foi deflagrada no último dia 20, com o intuito de identificar pessoas que participaram, financiaram ou fomentaram os atos criminosos de 8 de janeiro em Brasília
A Operação Lesa Pátria é permanente, e conta com atualizações periódicas. Na última sexta-feira (27), foram expedidos 11 mandados de prisão e 27 de busca e apreensão.
A PF disponibiliza o e-mail denuncia8janeiro@pf.gov.br para receber denúncias sobre os participantes dos atos criminosos.
Um integrante da Polícia Federal (PF) disse que a Operação Lesa Pátria é a “primeira de muitas” contra golpistas e criminosos que participaram dos atos do dia 8 de janeiro. As informações são de Daniela Lima, âncora da CNN.
O agente afirmou que não querem que “essa gente durma tranquila”, fazendo das ações um trabalho permanente.