A Polícia Federal (PF) cumpriu nessa quinta-feira (17) um mandado de busca e apreensão para apurar os crimes de ameaça e promoção ao terrorismo em Mossoró, no Rio Grande do Norte.
Segundo a PF, o homem investigado se dizia integrante da organização terrorista Al-Qaeda e fez xingamentos e ameaças de morte contra o ministro de Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes em publicações nas redes sociais.
A PF informou, em nota, que o alvo chegou a “externar a intenção de explodir uma grande bomba em nome do grupo criminoso”.
O mandado foi expedido pela expedido pela 8ª Vara de Justiça Federal do Rio Grande do Norte. O celular do investigado foi apreendido pela PF.
Segundo informações do jornal O Globo, num primeiro momento, os investigadores não encontraram nada nos aparelhos confiscados que indicassem que ele fazia parte do grupo terrorista.
Cooperação internacional
Moraes autorizou o pedido de cooperação internacional feito pela PF para solicitar aos Estados Unidos a quebra de sigilo bancário das contas dos investigados no caso das joias presenteadas pela Arábia Saudita na Flórida. São as contas do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), de seu ex-ajudante de ordens Mauro Cid e de seu pai, general Cid e, se houver, do advogado Frederick Wassef.
As joias recebidas por Bolsonaro e pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro deveriam fazer parte do acervo da República e foram vendidas ilegalmente. O Supremo pediu quebra do sigilo bancário tanto do ex-presidente quanto de Michelle.
Wassef admitiu que viajou aos EUA e que recomprou o relógio da marca Rolex. Na quarta-feira (16), foi alvo de busca e apreensão em uma churrascaria em São Paulo. Ele teve os celulares apreendidos e o carro revistado. Segundo levantamento da PF, Wassef possui 32 armas de fogo. Entre elas, quatro armas e um porte válido no SINARM (SINARM – Sistema Nacional de Armas – Polícia Federal), uma pistola Glock 9mm; uma pistola .45; uma pistola Sig Sauer 9mm e uma carabina Brigade. Ainda, 28 armas registradas no SIGMA (Sistema de Gerenciamento Militar de Armas do Exército) como CAC – destas, 12 são fuzis. Nenhuma destas armas foram encontradas nos endereços dos advogado.
O pedido de cooperação também prevê requerer ao FBI que investigue as joalherias e lojas onde foram vendidos kits e relógios dados de presente ao governo brasileiro. O objetivo é identificar pessoas físicas que, via telefone ou meio eletrônico, transacionaram ilegalmente esses bens e onde foi parar o dinheiro obtido das vendas.
No caso da recompra do Rolex, feito pelo advogado Frederick Wassef, o pedido ao FBI também será no sentido de investigar de onde saiu o dinheiro usado por ele para recomprar o relógio que foi devolvido ao TCU. Se os US$ 49 mil pagos para a joalheira da Pensilvânia saíram de alguma conta nos EUA, via saque na boca do caixa ou saques feitos em caixas eletrônicos. Wassef disse que pagou o relógio em espécie.