Terça-feira, 24 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 24 de maio de 2016
A PF (Polícia Federal) deflagrou na manhã desta terça-feira (24) a 30ª fase da Lava-Jato, batizada de Operação Vício. A ação ocorre nos Estados do Rio de Janeiro e São Paulo e cumpre dois mandados de prisão preventiva, além de nove de condução coercitiva e 28 de busca e apreensão.
O ex-ministro José Dirceu e o ex-diretor da Petrobras Renato Duque voltaram a ser citados na operação. Ambos já foram condenados por envolvimento no esquema de corrupção na estatal. Na semana passada, Dirceu foi sentenciado a 23 anos de prisão pelo juiz Sérgio Moro pelos crimes de lavagem de dinheiro, corrupção ativa e organização criminosa.
Segundo o MPF (Ministério Público Federal), a atual fase da Lava-jato investiga possíveis pagamentos de uma quantia superior a R$ 40 milhões em propina a partir de contratos supostamente fraudulentos da Petrobras com fornecedoras de tubos, que ocorreram entre 2009 e 2013. O valor total do contrato das fornecedoras com a estatal chega a R$ 5 bilhões.
Três grupos de empresas são investigados por terem, segundo a PF, utilizado operadores e contratos fictícios de prestação de serviços para repassar, notadamente, à Diretoria de Serviços e Engenharia e à Diretoria de Abastecimento da Petrobras. Também estão sendo investigados pagamentos da Diretoria Internacional da estatal a um executivo da empresa que atuou na aquisição de navios-sonda.
Vício
A nova fase da Lava-Jato, Vício, remete, segundo a PF, “à sistemática repetida e aparentemente dependente prática de corrupção por determinados funcionários da Petrobras e agentes políticos que aparentam não atuar de outra forma senão através de atos lesivos ao Estado”.
Nesta etapa são investigados, entre outros, crimes de corrupção, de organização criminosa e de lavagem de ativos. Cerca de 50 policiais e dez servidores da Receita Federal participam da operação. (Folhapress)