Segunda-feira, 06 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 20 de setembro de 2017
A PF (Polícia Federal) deflagrou nesta quarta-feira (20) a Operação Inimigo Oculto para desarticular um grupo de criminosos suspeito de desviar quase R$ 1 milhão da Caixa Econômica Federal em empréstimos fraudulentos, envolvendo a atuação de ex-prestadores de serviço do banco.
Foram cumpridos três mandados de prisão temporária, 30 de condução coercitiva e buscas em três endereços residenciais em Brasília e no Estados do Pará e da Bahia, informou a PF.
O dinheiro teria sido desviado por meio da atuação de três ex-prestadoras de serviço da Caixa, alvos dos mandados de prisão, que possibilitaram a concessão fraudulenta de 46 empréstimos pessoais, em sua maioria para familiares e amigos.
Os suspeitos teriam viabilizado os empréstimos inserindo dados de maneira indevida no sistema da Caixa, como rendas fictícias, usando senhas de empregados do banco. Com a concessão dos empréstimos, os investigados “efetuavam diversos saques e transferências, evitando que a Caixa, após identificar a fraude, bloqueasse os valores”, acrescentou a PF.
Os investigados serão indiciados por estelionato qualificado, falsificação de documento público, associação criminosa e lavagem de dinheiro. A Justiça Federal determinou o bloqueio de cerca de R$ 950 mil das contas dos investigados.
Poupança
Na semana passada, a PF deflagrou uma operação para desarticular uma quadrilha suspeita defurtar dinheiro de contas poupança da Caixa Econômica Federal com grandes saldos, falsificando documentos de clientes e contando com o apoio de ao menos um funcionário do banco.
Durante a Operação Duas Caras, cerca de 150 policiais cumpriram 23 mandados de busca e apreensão, seis de prisão preventiva, sete de prisão temporária, seis de sequestro de bens e um de suspensão do exercício de função pública nos Estados do Paraná, Santa Catarina e Paraíba.
Os suspeitos, que incluem um funcionário ativo do banco, são acusados de crimes como furto e estelionato qualificado, peculato, uso de documento falso, falsificação de documento público e associação criminosa, segundo a PF.
“O funcionário suspeito pesquisava e identificava contas poupança de clientes do banco com grandes saldos e que não apresentava histórico de retiradas, repassando os dados dos clientes ao líder do grupo criminoso investigado”, afirmou a PF.
Com os dados roubados, os suspeitos se passavam pelos clientes e informavam à Caixa a falsa perda do cartão bancário, requisitando um novo envio. Em seguida, retiravam os cartões em centros de distribuição dos Correios usando documentos falsos e começavam uma série de saques nos caixas eletrônicos, compras e transferências, até que o dinheiro nas contas se esgotasse ou que o crime fosse descoberto, segundo a polícia.