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Polícia Federal descobre fuzis, lança-rojões e estratégia de envenenamento: lista com arsenal revela alto poderio bélico em plano para impedir a posse a Lula

A Polícia Federal classifica como arsenal "de guerra" o armamento que seria usado para concretizar uma suposta empreitada golpista. (Foto: PF/Divulgação)

A Polícia Federal (PF) classifica como arsenal “de guerra” o armamento que seria usado para concretizar uma suposta empreitada golpista de integrantes do chamado “kids pretos” do Exército. A lista inclui pistolas, fuzis, lança-granada e lança-rojões. O plano, que segundo a corporação foi identificado em trocas de mensagens, tinha como objetivo matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Além do armamento, a PF detalha que o grupo também cogitou “neutralizar” seus alvos por meio de envenenamento.

No relatório encaminhado à Corte, e que embasou a autorização da operação pelo ministro Alexandre de Moraes, a PF aponta uma série de medidas que vinham sendo tomadas para concretizar o plano.

Entre os elementos colhidos está um documento elaborado em novembro de 2022 pelo general Mário Fernandes, um dos alvos da operação, que continha tópicos relacionados à munição que seria utilizada na ação clandestina.

Segundo a PF, a lista com o arsenal previsto para a realização do plano “revela o alto poderio bélico que estava programado para ser utilizado na ação”. De acordo com a corporação, as armas que seriam empregadas, pistolas e fuzis, “são comumente utilizados por policiais e militares, inclusive pela grande eficácia dos calibres elencados”.

Além disso, a PF afirma que “chama atenção, sobretudo, o armamento coletivo previsto, sendo: uma metralhadora, 1 lança Granada 40 mm e 1 lança rojão AT4”, armamentos “de guerra comumente utilizados por grupos de combate”.

“A primeira, M249, é uma metralhadora leve altamente eficaz, projetada para fornecer suporte de fogo em combate. A combinação de leveza, taxa de disparo e capacidade de alimentação a torna uma arma estimada em diversas situações táticas”, afirma a PF.

Ainda segundo as investigações, “a segunda é uma arma projetada para disparar granadas de fragmentação ou munições especiais de 40mm que fornece capacidade de fogo indireto e versatilidade em termos de tipos de munição”.

“O terceiro armamento, AT4, é um lança-rojão, utilizado principalmente por forças armadas e de segurança para combate a veículos blindados e estruturas fortificadas. É um lançador de foguetes antitanque. Munição é um foguete guiado que possui uma ogiva explosiva”, explicam.

Envenenamento

A PF também cita que o grupo planejou envenenar Lula em uma eventual ida do atual presidente a um hospital. “Para execução do presidente Lula, o documento descreve, considerando sua vulnerabilidade de saúde e ida frequente a hospitais, a possibilidade de utilização de envenenamento ou uso de químicos para causar um colapso orgânico”, diz trecho do relatório.

No caso de Moraes, o plano cita que o envenenamento poderia ocorrer em um “evento oficial público”. “Foram consideradas diversas condições de execução do ministro Alexandre de Moraes , inclusive com o uso de artefato explosivo e por envenenamento em evento oficial público”, afirma a PF.

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