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Polícia Federal desmantela esquema de falsificação de diplomas da UFRGS

Grupo cobrava cerca de R$ 7 mil por documento e comercializava para todo Brasil. (Foto: Gustavo Diehl/Ufrgs)

A Polícia Federal deflagrou operação para desmantelar um grupo criminoso especializado na falsificação de diplomas de mestrado e doutorado da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Os documentos seriam vendidos por cerca de R$ 7 mil.

Agentes da PF cumpriram dois mandados de busca e apreensão em Porto Alegre, emitidos pela Justiça Federal. Um dos suspeitos foi preso em flagrante por uso de documento falso e exercício ilegal da profissão em uma clínica de estética no bairro Farroupilha. A ação contou com a colaboração dos Conselhos de Biomedicina e Odontologia.

A polícia cumpriu dois mandados de busca e apreensão – um na residência e outro na clínica do homem. A investigação aponta que mais de 2 mil falsos documentos foram certificados digitalmente pelo homem na própria casa, incluindo diploma, curso de especialização, conclusão de curso e histórico escolar. A empresa que realizava a validação colaborou com a investigação, segundo a PF.

A operação contou com colaboração da fiscal do Conselho de Biomedicina da 5ª Região, Jenifer Cristina Martins, que contou que ele fraudou o sistema para conseguir o diploma profissional.

“O diploma de Biomedicina dele é validado, sim, pelo Ministério da Educação (MEC), o diploma que ele usou para se inscrever no nosso conselho. Porém, ele conseguiu esse diploma como: validando matérias que ele tinha feito de um outro curso de graduação, utilizando um diploma falso de outra instituição”, diz a a fiscal.

Revalida

A Polícia Federal estima que o grupo tenha criado mais de dois mil diplomas falsos de mestrado, doutorado, pós-graduação, especialização e outros cursos.

As investigações apontaram que o grupo não só falsificava diplomas da UFRGS, mas também prometia revalidar diplomas obtidos em instituições estrangeiras, como na Venezuela, Colômbia, Equador e Estados Unidos.

Os criminosos visavam principalmente servidores públicos interessados em obter um adicional de qualificação, cobrando cerca de R$ 7 mil por diploma falsificado, que eram posteriormente apresentados a órgãos públicos municipais, estaduais e federais.

Se forem condenados, os responsáveis podem responder pelos crimes de uso de associação criminosa, uso de documentos falsos e exercício ilegal da profissão, a partir da responsabilidade de cada integrante.

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