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Polícia Federal deve questionar Bolsonaro se ele pretendia incorporar colar de diamantes a acervo pessoal

(Foto: Reprodução)

O ex-presidente Jair Bolsonaro deve depor à PF (Polícia Federal), a partir das 14h30min desta quarta-feira (05), sobre o escândalo das joias, presentes entregues ao ex-mandatário do Palácio do Planalto pela Arábia Saudita.

Segundo relatos feitos, na lista de perguntas preparadas para Bolsonaro, três são consideradas prioritárias por integrantes da Polícia Federal para a investigação sobre o episódio:

1) Se Bolsonaro deu ordem para que os presentes da Arábia Saudita não fossem declarados à Receita Federal;

2) Se Bolsonaro pretendia incorporar o primeiro estojo de joias, que incluía um colar de diamantes milionário, a seu acervo pessoal;

3) Se os assessores do governo federal, que tentaram liberar o colar de diamantes na Receita Federal, atuaram a pedido de Bolsonaro.

De acordo com auxiliares e aliados do ex-presidente, ele não deve permanecer em silêncio durante o depoimento à Polícia Federal, já que seria uma oportunidade dele se defender sobre o ocorrido.

No depoimento, a expectativa de dirigentes do partido é de que Bolsonaro adote duas linhas de defesa: de que houve equívocos de assessores do governo sobre o transporte dos presentes e de que falta uma regulação jurídica mais clara sobre presentes recebidos por chefes de estado.

Serão colhidos dez testemunhos pela Polícia Federal, simultaneamente e em salas diferentes. Entre as pessoas que serão ouvidas estão o ajudante de ordens do ex-chefe do Executivo, tenente-coronel Mauro Cid, além de assessores do governo e fiscais da Receita Federal.

O objetivo da polícia é confrontar informações e impedir compartilhamentos de estratégias de defesa. Mauro Cid era o homem de confiança de Bolsonaro, a quem era subordinado e cumpria determinações.

Fontes próximas ao militar reforçaram que “Cid não dava um passo nem tomava um copo d’água sem autorização do ex-presidente”.

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