Quinta-feira, 19 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 13 de maio de 2023
A Polícia Federal (PF) encontrou na casa do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), o tenente-coronel Mauro Cid, certificados de diamantes sauditas durante as buscas da Operação Venire, no último dia 3. Segundo a revista Veja, os envelopes estavam na cozinha do militar.
Os documentos foram encontrados junto com as quantias de U$ 35 mil e R$ 15 mil, em dinheiro vivo, que foi apreendido. Por outro lado, também não existem indícios de que o material se trate dos presentes recebidos pelo ex-presidente Bolsonaro pelo governo da Arabia Saudita, ou que as joias sejam de propriedade da família Cid.
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Os agentes da PF também encontraram uma série de pendrives espalhados pelo imóvel e um caderno que estaria preenchido com informações de contabilidade e escrito “anotações políticas”.
Desde a semana passada, Cid está preso preventivamente, sendo investigado por envolvimento no esquema de inserção de dados falsos sobre o cartão de vacina no sistema do Ministério da Saúde. O tenente-coronel teria falsificado sua certidão de vacinação para entrar nos Estados Unidos, além de ter atuado para cometer a mesma fraude no cartão de Bolsonaro e sua filha mais nova, Laura.
Cid também é investigado no inquérito que apura a entrada ilegal de joias sauditas no Brasil, em 2021. Ele chegou a assinar um ofício para a liberação dos itens que ficaram retidos na Receita Federal do aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, além de ter cooperado com outros membros do governo Bolsonaro.
Ofício
Cid tentou alterar a data de um ofício para reaver as joias que o governo da Arábia Saudita presenteou à antiga administração do Palácio do Planalto. As informações são da CNN Brasil.
A Polícia Federal já tem as mensagens enviadas por Cid para Marcelo da Silva Vieira, então chefe do Gabinete Adjunto de Documentação Histórica (GADH), em 27 de dezembro de 2022, com a minuta do ofício endereçada à Receita Federal, em que solicitava a incorporação dos bens retidos pelo órgão.
No documento, ele afirmava que os produtos, que não foram descritos, teriam sido encaminhados ao Estado brasileiro. A data colocada era a de 23 de dezembro, ou seja, quatro dias antes.