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Brasil A Polícia Federal encontrou evidências de destruição de arquivos no setor de propinas da empreiteira Odebrecht

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Marcelo Odebrecht disse que três vice-presidentes e um diretor jurídico podem esclarecer a propina para a aprovação de Refis da Crise. (Foto: Banco de Dados)

Ao analisar os sistemas de propinas da Odebrecht, a perícia realizada pela PF (Polícia Federal) encontrou evidências de destruição de dados. O laudo foi entregue à Operação Lava-Jato nessa sexta-feira, após a verificação de 11 discos rígidos e de dois pendrives. Conforme o relatório, a eliminação de informações ocorreu no dia 22 de junho de 2015 – três dias antes, o empreiteiro Marcelo Odebrecht havia sido preso pela Operação Erga Omnes, desdobramento da força-tarefa.

O alvo da perícia foram o Drousys, sistema de informática para comunicação do setor de propinas da empreiteira, e o MyWebDay, software desenvolvido pela empreiteira para gerenciar contabilidade paralela. Os sistemas eram ligados ao Setor de Operações Estruturadas, o departamento da propinas da empreiteira.

A PF identificou que informações foram ‘deliberadamente’ destruídas por meio de um comando de informática, “cuja principal funcionalidade é sobrescrever arquivos com dados aleatórios, de modo a destruir o conteúdo dos arquivos, com objetivo de impedir a leitura dos dados previamente existentes ou recuperação por meio de ferramentas forenses”.

No laudo, os peritos afirmam que existem ‘arquivos de histórico de conexões remotas, em data/hora próximo ao evento de destruição de dados, contendo registros de acesso oriundos’ com endereço IP: “Cabe informar que eventual solicitação judicial pelos registros históricos de alocação de endereços IP nas datas e horários indicados, junto à operadora de telecomunicações, poderá indicar o responsável pelas conexões registradas e, por consequência, responsável pela destruição dos arquivos”.

Em delação premiada, Marcelo Odebrecht havia confessado que ordenou, em 2014, após a deflagração da Lava-Jato, a transferência de toda a estrutura física do Setor de Operações Estruturadas (o “departamento de propinas” da empreiteira) para a República Dominicana. Também em sua delação, o ex-chefe do departamento de propinas da Odebrecht Hilberto Mascarenhas relatou que jogou seu computador no mar de Miami, no Estado norte-americano da Flórida, após a deflagração da operação.

Arquivos

Ao juiz Moro, a PF afirmou que foram identificados 842 de um total de 1.9 milhão de arquivos, correspondendo a 0,043%, que apresentam não-conformidades”. A perícia encontrou 607 divergências nos discos 1 e 4, um total de 230 nos discos 5 a 9 e outras cinco nos discos 10, 11 e no pendrive 1.

No trecho em que analisa o My Web Day, o relatório aponta que ‘a quantidade de informações contida nos relatórios disponibilizados permitiu aos peritos terem um entendimento a respeito do controle exercido sobre os pagamentos extra contábeis que a Odebrecht realizou a diversos beneficiados’: “A sofisticação e nível de detalhamento que constam dos relatórios revelaram uma gestão profissional e minuciosa dos desembolsos efetuados pelo chamado Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht”.

“Foram identificados relatórios em pelo menos três moedas: reais, dólares norte americanos e euros. Regra geral, cada pagamento possuía, no mínimo, as seguintes informações: local, executivo responsável pelo pagamento, conta bancária a ser sensibilizada (identificada com um apelido – não confundir com o codinome), data, codinome (do beneficiário), senha (para pagamentos em espécie), espécie de centro de custo (chamado de ‘obra’), que poderia ser uma obra de engenharia, um centro de custo geral, um evento, um departamento etc.”

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