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Política Polícia Federal faz busca e apreensão no gabinete e em endereços do senador Marcos do Val

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Ordem judicial foi determinada pelo ministro do Supremo Alexandre de Moraes

Foto: Marcos Oliveira/ Divulgação Agência Senado
(Foto: Marcos Oliveira/ Divulgação Agência Senado)

A Polícia Federal (PF) cumpriu na tarde desta quinta-feira (15), três mandados de busca e apreensão em todos os endereços do senador Marcos do Val (Podemos-ES). O senador é investigado por obstruir investigações sobre os atos realizados em 8 de janeiro.

No Senado, a imprensa foi proibida de acompanhar a ação da PF. Não foi permitido o acesso de jornalistas ao corredor que dá acesso ao gabinete do senador.

Os mandados foram expedidos pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes e, de acordo com a PF, são cumpridos em Brasília e Vitória (ES). Os agentes apreenderam materiais como computadores, pen drives e o celular do senador. Tudo o que foi coletado será levado para perícia.

O perfil do senador no Twitter foi retirado do ar. “A conta @marcosdoval foi retida no Brasil em resposta à uma demanda legal”, escreve a rede social.

O mesmo aconteceu nos perfis no Facebook e Instagram.

O senador Marcos do Val se tornou um pródigo disseminador de desinformação, segundo ele próprio, para “sacudir o sistema”.

Em 2 de fevereiro, em entrevista à revista Veja, o senador disse que foi “extorquido” pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a participar de uma trama golpista na qual ele grampearia Moraes motivando um pedido ilegal de prisão do ministro para interferir no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e no resultado das eleições de outubro.

No mesmo dia, ele afirmou que o ex-deputado federal Daniel Silveira o levou à reunião para tratar sobre um golpe de Estado. Do Val também confirmou que avisou o ministro do STF Alexandre de Moraes sobre o plano. Nessa entrevista, ele afirmou não ter sido coagido por Bolsonaro, que teria ficado calado durante a reunião.

O senador também divergiu sobre o local em que o encontro teria ocorrido, citando o Palácio da Alvorada, a Granja do Torto e o Palácio do Jaburu.

Após oferecer uma série de versões contraditórias sobre a reunião e o suposto plano golpista, o senador chegou a dizer que “um dia as pessoas vão entender” e o “objetivo foi atingido”.

No dia 3 de fevereiro, Moraes decidiu abrir apuração contra o senador. De acordo com a decisão, foi determinado que “seja autuada petição autônoma e sigilosa, a ser instruída, inicialmente, com a cópia do pedido da Polícia Federal para autorização da realização de sua oitiva, com o despacho de autorização e com o inteiro teor de seu depoimento”.

No despacho, Moraes também expediu um ofício para os veículos de comunicação VEJA, CNN e Globo News, para que forneçam em até cinco dias as entrevistas que foram concedidas por Do Val.

 

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