Sábado, 23 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 6 de abril de 2022
A Polícia Federal realiza, nesta quarta-feira (6), uma operação para investigar fraudes no sistema de consórcios do Banco do Brasil. Os investigadores cumprem mandados de busca e apreensão no Distrito Federal, São Paulo e no Paraná. De acordo com informações da imprensa nacional, os alvos da operação são ex-gestores e funcionários do banco. Entre eles, o ex-presidente da Banco do Brasil Consórcios, Paulo Ivan Rabelo.
Segundo a Polícia Federal (PF), há suspeita de desvios de mais de R$ 100 milhões do sistema de consórcios. A PF pediu a prisão de Rabelo, mas não obteve autorização da Justiça.
Até a última atualização desta reportagem, não houve contato com a defesa do ex-gestor. Já o Banco do Brasil disse que informou às autoridades policiais assim que as irregularidades foram identificadas na BB Consórcios e que continua contribuindo com as investigações.
“Em agosto de 2020, o Banco do Brasil destituiu os executivos da BB Consórcios investigados e nomeou novos gestores para facilitar a apuração completa dos fatos e dar continuidade à gestão da empresa”, afirma o banco.
As apurações começaram depois de uma auditoria do banco, concluída em 2021. Os fiscais constataram a aprovação de duas operações de crédito disfarçadas como consórcio de veículos, mas utilizadas para outro fim. O próprio Banco do Brasil denunciou o suposto esquema à PF.
A corporação afirma que os suspeitos são investigados pelo crime de gestão fraudulenta, que tem pena de três a doze anos de prisão, além de multa.
Casa de golpistas
A Polícia Civil divulgou que mais de 50 pessoas denunciaram que foram vítimas de um golpe que teria sido aplicado pelo empresário Henrique Saccomori Ramos e sua esposa Fernanda Amatte Oliveira. O casal é suspeito de causar prejuízo de cerca de R$ 50 milhões com apostas esportivas de investidores de Anápolis, a 55 quilômetros de Goiânia.
A reportagem tentou contato por telefone com Henrique Saccomori Ramos, mas não teve retorno até a última atualização deste texto. A reportagem não localizou a defesa de Fernanda Amatte Oliveira.
De acordo com o delegado Jorge Bezerra, responsável pela investigação, mais de 2 mil pessoas podem ter sido vítimas do golpe. Segundo o investigador, a polícia está colhendo depoimentos e ainda não há previsão para a conclusão do inquérito.