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Polícia Federal faz operação contra inserção de falsa filiação de Lula ao partido de Bolsonaro no Tribunal Superior Eleitoral

Suspeito inseriu informações pessoais de Lula em formulário no site do PL. (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

A Polícia Federal cumpriu nessa quarta-feira (30) um mandado de busca e apreensão na investigação que apura a falsa filiação do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ao PL, partido de oposição ao governo, em julho de 2023.

A operação Infiliatio apura a inserção de dados falsos no Sistema de Filiação Partidária (FILIA) do Tribunal Superior Eleitoral, que acarretou na filiação indevida.

O mandado foi cumprido em Fátima do Sul, no Mato Grosso do Sul. Conforma informações da CNN Brasil, o alvo das buscas é um menor de idade suspeito de ter feito o registro. A PF apreendeu o computador e celular dele para perícia. Além do adolescente, outro indivíduo também será investigado. A PF apura a participação de um funcionário do partido, que deveria aprovar o pedido de filiação.

As investigações iniciaram a partir de notícia-crime do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) após identificar que o nome do presidente havia sido filiado ao Partido Liberal, de Valdemar Costa Neto e Jair Bolsonaro, adversário político.

Em janeiro deste ano, a PF abriu inquérito para apurar o caso após ser acionado apelo TSE, conforme mostrou a CNN.

A PF diz que as investigações apontam que, na verdade, não houve propriamente invasão diretamente ao Sistema Filia, mas sim a realização fraudulenta de pedido de filiação partidária em nome do presidente, contendo dados falsos, o qual foi recebido pelo Tribunal após a etapa de moderação realizada por funcionário do Partido Liberal, cuja atuação também é investigada.

“Verificou-se que o uso dos dados falsos em nome do presidente teve início já no momento inicial do procedimento de filiação, quando o cidadão interessado em se filiar acessou o formulário digital em aba específica no sítio oficial do partido político, preenchendo diversas informações pessoais – entre elas dados pessoais, políticos, selfie, upload de documentos, endereço e dados de contato como telefone e e-mail, além de confirmação dos dados e aceitação dos termos de uso – com a finalidade de iniciar o processo”, destaca a PF.

O procedimento de filiação partidária é regulamentado pela Resolução nº 23.596, de 20 de agosto de 2019, do TSE, que disciplina a forma de encaminhamento de dados de filiados pelos partidos políticos à Justiça Eleitoral.

Os investigados podem responder pelo crime de invasão de dispositivo informático, falsidade ideológica e falsa identidade. A investigação terá continuidade para identificar eventuais outras fraudes que foram cometidas e a motivação dos criminosos.

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