Segunda-feira, 21 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 18 de abril de 2025
A Polícia Federal deflagrou, no Rio de Janeiro, uma operação com o objetivo de desarticular uma associação criminosa especializada na prática de fraudes bancárias contra a Caixa Econômica Federal. De acordo com as investigações, o prejuízo causado à instituição financeira é de aproximadamente R$ 180.000.
As investigações começaram após uma comunicação da própria instituição financeira, que identificou fraudes na abertura de contas bancárias e na contratação indevida de empréstimos na modalidade “Antecipação Saque-Aniversário FGTS”.
Conforme a investigação, os suspeitos e dirigiam às agências da Caixa com documentos falsos, se passando pelas vítimas, para abrir contas e contratar os empréstimos. Após obterem os valores, o dinheiro era transferido para contas bancárias de amigos e familiares, com o objetivo de ocultar a origem dos recursos e dar aparência de legalidade ao montante desviado.
Ainda de acordo com a PF, os investigados teriam atuado em agências da Caixa Econômica Federal localizadas nas cidades de Armação dos Búzios, Cabo Frio e Rio das Ostras. Há também suspeita de que o grupo esteja envolvido em golpes semelhantes praticados em outras unidades da instituição.
Os suspeitos, que foram detidos na quinta-feira (17) em Arraial do Cabo e Armação dos Búzios, responderão pelos crimes de estelionato e associação criminosa, com penas máximas que, se somadas, podem chegar a oito anos de reclusão.
Fraude no Caixa Tem
Na última terça-feira (15), a Polícia Federal realizou, também no Rio de Janeiro, a Operação Farra Brasil 14, contra uma quadrilha especializada em fraudar o sistema Caixa Tem, utilizado pela Caixa Econômica Federal para o pagamento de benefícios como Bolsa Família, seguro-desemprego e FGTS. Os golpes causaram um prejuízo de R$ 2 bilhões em 5 anos.
As investigações revelaram que o grupo criminoso cooptava funcionários da Caixa Econômica e de lotéricas, que recebiam propinas para dar acesso a contas sociais de terceiros pelo aplicativo. Segundo a PF, as vítimas eram, em sua maioria, beneficiários de programas sociais, mas também houve fraudes envolvendo FGTS e Seguro-Desemprego de trabalhadores.
Na operação, foram apreendidos na ação 20 telefones celulares, seis notebooks, dois veículos, além de documentos, que serão submetidos à perícia técnica e análise para continuidade das investigações.
Os investigados responderão pelos crimes de organização criminosa, furto qualificado, corrupção ativa e passiva, além de inserção de dados falsos em sistemas de informação, com as penas máximas podendo chegar a 40 anos de reclusão.