Segunda-feira, 07 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 16 de julho de 2023
O filho do ministro foi agredido por um dos envolvidos
Foto: Marcelo Camargo/Agência BrasilA Polícia Federal (PF) abriu inquérito e identificou os agressores do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) e sua família. Alexandre de Moraes foi hostilizado por três brasileiros na sexta-feira (14) no Aeroporto internacional de Roma, na Itália. O filho do ministro foi agredido por um dos envolvidos.
Os três agressores são: uma mulher, identificada como Andreia Mantovani, e dois homens, identificados como Roberto Mantovani Filho e Alex Zanatta.
A ação começou quando Andreia Mantovani chamou Alexandre de Moraes de “bandido, comunista e comprado”. Logo depois, Roberto Mantovani Filho gritou e agrediu fisicamente o filho do ministro, com um soco no rosto. Os óculos do rapaz caíram no chão.
Alexandre de Moraes estava na Itália para realizar uma palestra na Universidade de Siena. O caso gerou grande repercussão nas redes sociais.
Os envolvidos
Alex Bignotto é casado com a filha do empresário Roberto Mantovani Filho. A família mora em Santa Bárbara D’Oeste, cidade localizada no interior do Estado de São Paulo. Bignotto controla empresas na região. Ele é dono de uma corretora de imóveis. Seu sogro, Roberto Mantovani Filho, é marido de Andreia Mantovani. Ele atua com administração de bens imobiliários, consultoria empresarial e equipamentos hidráulicos.
Apesar de ter sido apontado como agressor do filho do ministro do Supremo, Mantovani disse considerar que o ocorrido “não foi nada extraordinário” e que prefere aguardar o pronunciamento das autoridades sobre os possíveis crimes que possa ter cometido.
“Na minha opinião não foi nada de tão extraordinário. Não gostaria de comentar nada para evitar, sabe, ódio, um revanchismo. Não gostaria disso nesse momento. Não gostaria de fazer nenhum comentário até que possa saber aquilo que eles possam dizer que eu fiz”, afirmou.
Moraes estava acompanhado de seus familiares no aeroporto. As agressões à família de Moraes aconteceram por volta de 18h45 desta sexta-feira (13h45 no horário de Brasília). O ministro retornava da Universidade de Siena, onde realizou uma palestra no Fórum Internacional de Direito.
“Eu só vi o ministro. Ele estava para entrar numa sala VIP. Eu passei por ali. Houve ali uma pequena confusão de alguns brasileiros, alguns foram embora e quem pagou o pato fomos nós, mas tudo bem, a gente tem que aguardar”, completou Roberto Mantovani.
Em 2004, ele foi candidato a prefeito de Santa Bárbara d’Oeste pelo PL, mas perdeu as eleições. Desde 2016, ele é filiado ao PSD. Em nota, o partido informou que “repudia o episódio” envolvendo Moraes e deve acionar a Comissão de Ética da legenda “para que sejam tomadas as medidas punitivas cabíveis, que devem culminar em sua expulsão”.