Sexta-feira, 29 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 16 de agosto de 2024
A PF indiciou, também, quatro policiais federais
A Polícia Federal (PF) indiciou Anderson Torres, ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro, e o ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques por atuarem em operação da PRF durante as Eleições de 2022 com o intuito de impedir que eleitores chegassem a seus locais de votação. Os indícios apontados pela PF são de que ambos, nas atribuições de suas funções, trabalharam para impedir o trânsito de eleitores do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva no segundo turno. A inferência a Lula é porque a maior parte das blitze ocorreram na região Nordeste, onde ele tinha mais votos.
O ex-chefe da PRF é investigado por “impedir ou embaraçar o exercício do sufrágio, prevaricação, condescendência criminosa e estender injustificadamente a investigação, procrastinando-a em prejuízo do investigado ou fiscalizado”.
Em 30 de outubro de 2022, após diversas denúncias de eleitores de que operações e blitze da PRF dificultavam o deslocamento de eleitores, sobretudo no Nordeste, o então presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, pediu explicações a Silvinei.
Este afirmou que era um reforço necessário para garantir a segurança nas eleições. O então ministro da Justiça Anderson Torres era o chefe de Silvinei. Além dos dois, a PF indiciou quatro policiais federais sob suspeita de terem restringido, impedido ou dificultado, com emprego de violência física ou psicológica, o exercício de direitos políticos dos eleitores.
São eles: Alfredo de Souza Lima Coelho Carrijo, Fernando de Sousa Oliveira, Leo Garrido de Salles Meira e Marília Ferreira de Alencar. A pena para esse tipo de crime é reclusão de 3 a 6 anos, e multa, além da pena correspondente à violência.
A Polícia Federal também pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) mais tempo para investigar o caso e fazer oitivas, antes de entregar o relatório final.