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Brasil Polícia Federal investiga grupo criminoso que movimentou mais de R$ 8 milhões com contas bancárias falsas, empréstimos e saques de FGTS

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O FGTS é uma forma de poupança compulsória destinada a proteger o trabalhador. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A Polícia Federal (PF) cumpriu mandado de busca e apreensão e realizou o bloqueio de bens contra uma moradora de Vila Velha, na Grande Vitória, em razão de fraudes realizadas para abertura de contas bancárias com documentos falsificados.

Ela faria parte de um grupo criminoso que teria movimentado mais de R$ 8 milhões com contas falsas, empréstimos e saques de FGTS. Apenas na Caixa Econômica Federal, mais de 100 contas falsas foram identificadas.

A ação realizada pela polícia fez parte da Operação Pomar, deflagrada nesta quarta-feira (5). De acordo com a investigação da Delegacia de Repressão a Crimes Fazendários, os policiais federais identificaram a abertura e movimentação de mais de 100 contas bancárias vinculadas apenas à Caixa Econômica Federal.

O grupo criminoso usava documentos falsos com similaridades nas fotografias, impressões digitais e assinaturas apresentadas em diferentes documentos. Com isso, eles abriam as contas, faziam empréstimos e conseguiam até retirar o dinheiro do FGTS por meio do saque aniversário.

Vinculadas às contas, as contratações de empréstimos eram feitas por meio de aplicativos bancários, especialmente na modalidade de antecipação de Saque Aniversário do FGTS, totalizando mais de R$ 8 milhões em movimentações fraudulentas.

Além disso, contas bancárias intermediadas por terceiros, as chamadas contas laranjas, foram utilizadas na fraude para repasse de valores aos verdadeiros estelionatários, em transferências bancárias indevidas e movimentações financeiras ilícitas, envolvendo contas da Caixa Econômica Federal e outras instituições bancárias.

A mulher alvo da operação dessa quarta (5) apresentou ao menos três documentos de identidade falsos com nomes diferentes e a mesma foto para abertura de “contas laranja”.

Ouvido de Mercador

A PF informou que essa mesma mulher integra um grupo investigado na Operação Ouvido de Mercador, deflagrada em outubro de 2023. Na época, foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão na Grande Vitória, e foram apreendidos documentos falsos, cartões bancários e aparelhos de telefonia celular móvel.

A Polícia Federal aprofundará as investigações com auxílio do material apreendido, com o objetivo de recuperar valores e identificar outros eventuais envolvidos nas fraudes. A pena para o crime de estelionato é de 1 a 5 anos de reclusão e multa.

A Caixa Federal informou que atua conjuntamente com a Polícia Federal e demais órgãos de segurança pública na identificação de casos suspeitos e na prevenção das fraudes bancárias.

“Dados relacionados aos casos suspeitos de fraude e às ações realizadas pela área de segurança da instituição possuem caráter sigiloso, sendo repassados apenas às autoridades policiais e de controle”, disse em nota.

O banco ressaltou ainda que aperfeiçoa constantemente os critérios de segurança, observando as melhores práticas de mercado e as evoluções necessárias. Esclareceu também que possui estratégias, políticas e procedimentos de segurança para a proteção dos dados e operações de seus clientes, além de tecnologias e equipes especializadas para garantir segurança aos seus processos e canais de atendimento. As informações são do G1.

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